Ministério da Agricultura monitora nuvem de gafanhotos que se aproxima do Brasil

A nuvem adentrou o território argentino no dia 17 de junho
JC
Publicado em 24/06/2020 às 17:25
Segundo o monitoramento climático, a nuvem deve seguir em direção ao Uruguai Foto: REPRODUÇÃO/TWITTER


A nuvem de gafanhotos que invadiu o Paraguai e adentrou o território argentino no dia 17 de junho está sendo monitorada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A nuvem se encontra próximo à fronteira com o Brasil e, segundo o monitoramento climático que vem sendo realizado por especialistas argentinos, deve seguir em direção ao Uruguai.

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Por causa da proximidade com a região fronteiriça do Brasil, o ministério emitiu um alerta para as Superintendências Federais de Agricultura para o monitoramento e orientação aos agricultores da região, especial no estado do Rio Grande do Sul, para adoção de controle de praga caso esta nuvem ingresse em território brasileiro.

De acordo com o Mapa, a praga está presente no Brasil desde o século XIX e causou grandes perdas às lavouras de arroz na região sul do País nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, tem permanecido na fase "isolada", que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas "nuvens de gafanhotos", mas voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, em sua fase gregária (formação de nuvens).

Nuvem de poeira se aproxima das américas

Há dias, parte do Oceano Atlântico está sendo encoberta por uma gigantesca nuvem marrom e densa. Imagens capturadas por satélites mostram que é possível ver a nuvem, que esconde os tradicionais tons de azul e branco, sai da África e vai em direção ao Caribe. O fenômeno, chamado por alguns especialistas de "nuvem de poeira Godzilla", trata-se de uma nuvem de ar do Saara.

Segundo especialistas, o fenômeno é comum, mas, neste ano, está acontecendo de forma mais densa. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, em inglês), a nuvem, que já provoca efeitos no Caribe, deve se mover rumo ao oeste pelo Mar do Caribe em direção às áreas do norte da América do Sul, América Central e da Costa do Golfo dos Estados Unidos. O fenômeno já percorreu mais de cinco mil quilômetros desde que foi observado há uma semana na área oeste da África.

A recomendação é que as pessoas usem máscaras e evitem ao máximo realizar atividades ao ar livre. Além disso, os navios foram alertados sobre a baixa visibilidade.

O fenômeno pode afetar a pele e os pulmões porque o ar seco com poeira tem cerca de 50% menos umidade, e também pode ser nocivo às pessoas que têm problemas respiratórios, causando alergias e irritações nos olhos.

 

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