Brasil bate recorde mundial com relâmpago de 700 km de comprimento

O recorde foi validado graças a progressos recentes realizados na cartografia dos raios graças a instrumentos instalados a bordo de satélites de observação que permitem mensurar continuadamente
AFP
Publicado em 25/06/2020 às 23:57
A Organização Meteorológica Mundial anunciou nesta quinta-feira (25) que um relâmpago que cruzou uma distância de mais de 700 km nos céus do Brasil em 31 de outubro de 2018 bateu o recorde de maior extensão já registrada por um raio Foto: Foto: PATRICK PLEUL / AFP


A Organização Meteorológica Mundial anunciou nesta quinta-feira (25) que um relâmpago que cruzou uma distância de mais de 700 km nos céus do Brasil em 31 de outubro de 2018 bateu o recorde de maior extensão já registrada por um raio, estabelecido graças às novas tecnologias de imagem por satélite.

Um outro recorde foi validado por especialistas da Organização de Extremos Meteorológicos e Climáticos, o de um relâmpago com a maior duração: um único raio se estendeu no céu do norte da Argentina no dia 4 de março de 2019 durante 16,73 segundos, a maior duração já observada por um único raio.

A extensão do relâmpago que rasgou os céus do Brasil em 2018 corresponde à distância entre Boston e Washington, nos Estados Unidos, ou entre Londres e Bâle, na Suíça, segundo a Organização.

Os dois recordes de extensão e duração são mais de duas vezes superiores do que os registrados anteriormente.

O recorde de extensão anterior foi o de um raio de 321 km de comprimento, registrado em 20 de junho de 2007 no estado americano de Oklahoma.

O recorde de duração anterior, 7,74 segundos, foi medido em 30 de agosto de 2012 no sul da França.

Os novos recordes puderam ser validados graças a progressos recentes realizados na cartografia dos raios graças a instrumentos instalados a bordo de satélites de observação que permitem mensurar continuadamente "o comprimento e a duração dos relâmpagos nas vastas extensões geoespaciais", declarou Randall Cerveny, relator-chefe do comitê de especialistas.

Estas novas tecnologias permitiram a detecção "dos extremos conhecidos pelo nome de mega-relâmpagos que antes não eram observados", segundo Michael J. Peterson, do Laboratório Nacional de Los Álamos, nos Estados Unidos.

 

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