O superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, Flávio Graça, voltou a falar sobre a polêmica da fiscalização nos bares da barra da Tijuca durante a pandemia do coronavírus.
Flávio acabou ganhando repercussão após a exibição no programa Fantástico, da Globo, quando abordava algumas pessoas sobre a aglomeração e falta do uso de máscaras no local. Ao usar o termo "cidadão" para falar com um homem, uma mulher o ataca "cidadão, não. Engenheiro civil, formado, melhor do que você", devido a má conduta, a mulher foi demitida da empresa que trabalhava.
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Ao jornal O Globo, o superintendente disse que a situação "ficou feio para ela, para a imagem do carioca". "Não cabe mais no Brasil o 'você sabe com quem está falando?'. Isso está ficando cada vez mais banido. Todo cidadão contribui com seus impostos para justamente nós o protegermos. Esse foi o princípio da cidadania que eles não exerceram. Ela achou que cidadão é ofensa e não é. Quando eles falam aquilo, não nos atinge. Todos são formados e com curso superior".
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Flávio contou, ainda, que esse tipo de comportamento não o abala e "antes daquilo, dois rapazes foram mais agressivos". "Pensamos que iríamos ser agredidos. Eles foram muito mais violentos. A Guarda teve que se portar de uma maneira mais incisiva para coibir a ação. Eu até falei: vocês se preparem, porque eu acho que as coisas vão chegar as vias de fato e vão agredir a gente. Ficamos com medo. As pessoas fazem isso para desvirtuar o foco. Se a situação foi incontrolável, a gente se retira e pede apoio maior da força policial", explicou.
Questionado se houve falta de fiscalização durante o final de semana, já que aglomerações em vários pontos da cidade foram registradas, Graça ressaltou "não faltou". "O que ainda está faltando é a maior conscientização da população quanto ao seu papel. Nunca vamos conseguir ter um fiscal para cada estabelecimento. Todos têm que saber qual é o seu papel, principalmente no intuito de sairmos dessa pandemia", ressaltou.