Polícia Federal faz operação contra tráfico internacional de animais no Amapá

A ação é um desdobramento da Operação Marraquexe, deflagrada em maio de 2018, que identificou um homem que vendia répteis de espécies variadas, algumas oriundas da Venezuela e da Índia
Agência Brasil
Publicado em 30/07/2020 às 11:56
Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no Zoológico da capital federal Foto: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília


A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (30) a terceira fase da Operação Marraquexe, para desarticular organização criminosa que fazia tráfico internacional de animais silvestres, exóticos e em extinção, no Amapá.

Cerca de 40 policiais federais cumprem cinco mandados de prisão, sendo três de prisão preventiva e dois de prisão temporária em Macapá, no Rio de Janeiro e em São Paulo além de dez mandados de busca e apreensão em Campo Grande (1), Castelo/ES (1), Lavrinhas/SP (1), Macapá (3), Pindamonhangaba/SP (1), Rio de Janeiro (2) e São Paulo (1).

Durante a ação, foram localizados diversos animais, especialmente cobras. "Com o apoio dos órgãos ambientais de cada estado, foi dado o devido encaminhamento das espécies por parte da Polícia Federal", informa em nota.

Um dos alvos da Operação Marraquexe III foi preso em flagrante pela Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, na noite de ontem (29), em Pindamonhangaba, por manter animais silvestres sem autorização. Na sua residência foram apreendidos cobras de diversas espécies, tartarugas, lagartos, aranhas, lacraias e escorpiões.

A ação é um desdobramento da Operação Marraquexe, deflagrada em maio de 2018, que identificou um homem que vendia répteis de espécies variadas, algumas oriundas da Venezuela e da Índia, que estavam na lista da Convenção de Washington sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção.

Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que um morador de Macapá comandava uma rede de tráfico internacional de animais exóticos, principalmente répteis, em conjunto com outras pessoas de estados do Sudeste e do Centro-Oeste e que a comercialização ocorria por meio de grupos formados em redes sociais com integrantes estrangeiros.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de animais e receptação qualificada. Se condenados, as penas poderão chegar a 18 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

O nome da operação faz alusão a uma cidade de Marrocos famosa pela presença de encantadores de serpentes.

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