Investigação
Moïse era tranquilo e não arrumava confusão, diz frequentador de quiosque
Em audiência de custódia promovida nesta quinta-feira, a Justiça manteve a prisão temporária dos três acusados pelo crime
Faria era apontado como dono do quiosque Biruta, que funciona no mesmo imóvel do quiosque Tropicália, onde ocorreu o crime. Segundo seu advogado, Lennon Correia, Faria tinha perdido o contato com o congolês, mas enquanto conviveu com ele considerava-o um rapaz tranquilo e que não arranjava confusão.
"Ele (Faria) recentemente não estava frequentando muito o quiosque, por isso não estava tendo contato com o Moïse. Ele não sabe dizer como era o comportamento recente do Moïse. O que relatou é que até dois anos atrás, quando ele tinha um pouco mais de contato com o Moïse, Moïse era um rapaz muito tranquilo e nunca tinha arranjado confusão com ninguém", afirmou Correia.
O advogado de Faria afirmou também que seu cliente não é dono, mas amigo do dono do quiosque. "O quiosque parece que é de um senhor chamado Celso, que é amigo do senhor Alauir, e a gerente é a senhora Viviane, que é irmã do senhor Alauir. O senhor Alauir de vez em quanto ia para o quiosque para ajudar a irmã dele nos trabalhos do quiosque. Por isso ele é conhecido na região, mas não é o dono", afirmou.
Em audiência de custódia promovida nesta quinta-feira, a Justiça manteve a prisão temporária dos três acusados pelo crime - Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como Dezenove, de 28 anos, Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, de 21 anos, e Fabio Pirineus da Silva, o Belo, de 41 anos.
O crime
A Polícia Civil do Rio investiga a morte brutal por espancamento do congolês Moïse. Ele morava no Brasil desde 2014, trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Segundo parentes, o africano morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho, no dia 24.