O ciclone subtropical YaKecan já atingi o Brasil, mais precisamente o Rio Grande do Sul. No fim da tarde desta terça-feira (17), já eram contabilizadas queda de árvores, mar revolto e ventos com mais de 90 km/h. A expectativa de maior intensidade do fenômeno é justamente durante a noite desta terça e a madrugada da quarta-feira (18).
Estão previstas rajadas de ventos acima de 100 km/h, que podem se intensificar na tarde desta terça-feira (17) no RS, e na quarta (18) em Santa Catarina. O Paraná e o sul de São Paulo também podem ser impactados. Alguns estados decidiram suspender as aulas devido ao ciclone.
Defesa Civil Rio Grande do Sul
A Defesa Civil prevê que a tempestade deverá atingir o estado do Rio Grande do Sul entre as 20h desta terça-feira (17) e a madrugada de quarta (18). Os maiores riscos deste evento ocorrem em relação às intensas rajadas de vento sobre todo o Estado, especialmente nas áreas da faixa litorânea, Região Metropolitana da capital e Serra gaúcha, onde as rajadas devem variar entre os 80 km/h e 110 km/h.
“A projeção é de que o período de maior incidência ocorra a partir das 20h. Os ventos irão se intensificar na madrugada, com a temperatura baixando. Temos previsões de neve para a serra e de temperaturas bem baixas no Estado. A partir da madrugada, os ventos se intensificam, principalmente no litoral”, afirma o coordenador estadual da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Júlio César Rocha Lopes.
Em um primeiro momento, a tempestade foi classificada como extratropical, pois se formou em uma região fria e costuma ocorrer no Estado. No entanto, após se deslocar para uma região aquecida, a tempestade encontrou condições para se intensificar, alterando sua classificação para tempestade subtropical. Ao longo do dia, a tempestade se aproximará ainda mais do continente, a partir do extremo Sul, e irá avançar pela costa.
A projeção da Defesa Civil é de que, a partir desta quarta (18), a tempestade já se afaste do estado, com a diminuição gradual dos ventos. No entanto, o mar continuará agitado.
Como os maiores riscos estão relacionados a rajadas de vento intensas, a Defesa Civil alerta para a possibilidade de transtornos como queda de árvores, postes de energia elétrica e de destelhamentos – todos merecem atenção. Além disso, a previsão é de que o mar fique bastante agitado na faixa litorânea, com possibilidade de ressaca e a formação de ondas de até 4 metros.
Quais os estragos contabilizados pela passagem do ciclone:
Até as 15h30 desta terça-feira (17), duas mortes foram registradas, no Brasil e no Uruguai, relacionadas ao evento climático. No caso do Brasil, um barco com três tripulantes naufragou na noite desta segunda-feira (16), no Lago Guaíba, em Porto Alegre, após colidir com pedras, e causou a morte de um homem de 51 anos. Ademar Silveira da Silva ficou desaparecido durante toda a madrugada e teve seu corpo encontrado na manhã desta terça-feira pelo corpo de bombeiros.
Já no Uruguai, a vítima foi um jovem de 23 anos, que morreu na tarde da segunda-feira depois que uma palmeira caiu no telhado de sua casa. Nas regiões Sul e Leste do Uruguai as rajadas de vento chegam a até 130 km/h.
Além das mortes, alguns dos transtornos provocados pela passagem do ciclone são destelhamento de estruturas precárias, queda de árvores e postes, entre outros.
Entre os cuidados necessários estão evitar sair de casa durante tempestades, buscar locais protegidos e informações sobre o clima. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) orienta que a população desligue a energia da tomada e feche a saída de gás do botijão durante a tempestade.
Recomendações para proteção:
A população deve ficar atenta às comunicações das autoridades e aos alertas da Defesa Civil.
• Para receber os alertas da Defesa Civil, recomenda-se fazer um cadastro enviando um SMS para o número 40199.
• A Defesa Civil pode ser contatada por meio do telefone 199, enquanto o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
Como agir em situações como essa de ventos fortes e tempestades:
• Conferir as condições do telhado de suas residências;
• Verificar as condições de janelas e portas das suas residências;
• Manter as entradas (como portas, janelas e vãos) das residências bem fechados e protegidos;
• Não se abrigar embaixo de árvores, postes, placas de sinalização e de outdoors, pois, com o vento podem cair;
• Se um fio elétrico cair no chão, contate a companhia elétrica da sua região. Não mexa nos fios elétricos, pode haver risco de eletrocussão;
• Retirar os equipamentos eletrônicos das tomadas, para evitar que, em caso de falhas ou descargas de energia, queimem;
• Fechar o registro da mangueira do botijão de gás, evitando vazamentos se ele for atingido.
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