Todos os felinos selvagens que vivem em cativeiro no Brasil serão mapeados e monitorados para assegurar a conservação das espécies. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Associação Mata Ciliar, organização não governamental sediada em Jundiaí (SP), assinaram termo de cooperação técnica para fazer o registro genealógico das oito espécies que ocorrem no País. O projeto começou este mês e deve ser concluído somente em agosto de 2020.
“À exceção do gato-mourisco, todas as espécies de felídeos encontradas no Brasil estão em algum grau de ameaça”, informa o doutor em medicina veterinária e professor da UFRPE Jean Carlos Ramos. “Como esses animais estão no topo da cadeia alimentar e precisam de uma área muito grande para se movimentar, reproduzir e caçar, quando a natureza é destruída, eles são os primeiros afetados.”
Principalmente para assegurar a preservação, técnicos das duas instituições vão visitar todos os zoológicos, centros de triagem e criadouros das cinco regiões do País que abrigam gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi), gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), gato-maracajá (Leopardus wiedii), gato-mourisco (Puma yagouaroundi), gato-palheiro (Leopardus colocolo), jaguatirica (Leopardus pardalis), onça-pintada,(Panthera onca) e suçuarana (Puma concolor). Cada animal terá um número (studbook), será tatuado e receberá um microchip. “Dessa forma, poderemos acompanhar qualquer movimentação deles.”