Após o reaparecimento de manchas de óleo na praia de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul de Pernambuco, nessa quinta-feira (17), a população da cidade se uniu às autoridades para ajudar na remoção do material, que é encontrado de forma esparsa em alguns pontos da praia, na divisa com Peroba, em Alagoas.
Segundo a presidente da Colônia de Pescadores da cidade, Enilde Lima, os profissionais estão mobilizados para ajudar as autoridade, inclusive, pondo seus barcos à disposição. "Há embarcações nossas à disposição para ajudar nessa situação. Inclusive, alguns pescadores já foram para o mar e para a várzea do [Rio] Una. Estamos mobilizados para ajudar", disse. "A preocupação da gente é não chegar nos corais do [Rio] Una, que é o berçário de tudo", completou.
A recomendação da Marinha é que os moradores não entrem em contato com o material sem usar luvas e botas, porque a substância é considerada tóxica.
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Boias de contenção
Com o objetivo proteger e preservar os mananciais pernambucanos do contato com a substância oleosa identificada em diversas praias do litoral nordestino, a Marinha, a Petrobras e a Defesa Civil de Pernambuco instalaram boias de contenção na foz do Rio Pissinunga, que marca a divisa entre Pernambuco e Alagoas, e no Rio Una.
O prefeito da cidade, Pel Lages, disse que aproximadamente 200 pessoas devem participar da remoção da substância quando a maré baixar, o que só deve acontecer por volta das 12h. "Nós estamos mobilizando cerca de 200 pessoas, entre voluntários e marinheiros para, assim que o mar baixar, por volta do meio-dia, possamos recolher esses resíduos", falou.
Estado de emergência
Em menos de 24 horas após o reaparecimento de manchas de óleo, a prefeitura de São José da Coroa Grande decretou, na noite dessa quinta-feira (17), estado de emergência na região. Lembrando que no dia 25 de setembro, os moradores já haviam encontrados fragmentos de óleo nas praias.
O decreto, que já foi assinado, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (18) e começou a vigorar automaticamente.
Veja lista de praias já atingidas em Pernambuco*
•Boa Viagem - Recife - oleada/vestígios esparsos
•Praia Del Chifre - Olinda - oleada/vestígios esparsos
•Candeias - Jaboatão dos Guararapes - oleada/vestígios esparsos
•Piedade - Jaboatão dos Guararapes - oleada/vestígios esparsos
•Praias de Gamboa - Ipojuca - oleada/vestígios esparsos
•Praia de Nossa Senhora do Ó - Ipojuca - oleada/vestígios esparsos
•Porto de Galinhas - Ipojuca - oleada/vestígios esparsos*
•Cupe - Ipojuca - oleada
•Maracaípe - Ipojuca - oleada
•Serrambi - Ipojuca - oleada/vestígios esparsos
•Enseadinha - Ipojuca - oleada/vestígios esparsos
•Muro Alto - Ipojuca - oleada
•Pau Amarelo - Paulista - oleada/vestígios esparsos*
•Conceição - Paulista - oleada/vestígios esparsos
•Carneiros - Tamandaré - oleada
•Tamandaré - Tamandaré - oleada
•Ilha Cocaia - Cabo de Santo Agostinho - oleada/vestígios esparsos*
•Praia do Paiva - Cabo de Santo Agostinho - oleada/vestígios esparsos*
•Praia do Forte Orange - Ilha de Itamaracá - oleada/vestígios esparsos*
•Catuama - Goiana - oleada/vestígios esparsos*
•Ponta de Pedras - Goiana - oleada/vestígios esparsos*
•São José da Coroa Grande - oleada
•Praia de Suape/Cabo de Santo Agostinho - oleada
•Praia de Itapuama/Cabo de Santo Agostinho - oleada
•Calhetas/Cabo de Santo Agostinho - oleada
•Gaibu/Cabo de Santo Agostinho - oleada
*Apesar de afetadas, atualmente não há registro do material nestas praias. Fonte: Ibama e Secretaria de Meio Ambiente de Pernambuco e prefeituras