CONCURSO

Após uma década, Colégio Militar do Recife abre vagas para o ensino médio

As inscrições para o concurso podem ser feitas até o dia 12 de setembro, mês em que acontecem as provas

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 25/08/2016 às 8:00 | Atualizado em 14/06/2022 às 19:34
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
Colégio Militar do Recife foi um dos que não retomou as aulas presenciais - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
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No Colégio Militar do Recife, os bons exemplos são valorizados. A escola, pertencente à rede federal de ensino e administrada por militares, funciona no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. Prima pela disciplina, ética, hierarquia e responsabilidade. Tem um processo seletivo bastante concorrido para as vagas da 6ª série do ensino fundamental, com mais de 30 candidatos por vaga. A novidade é que após uma década sem abrir vagas para o ensino médio haverá este ano seleção para 10 novos alunos do 1º ano. As inscrições para o concurso podem ser feitas até 12 de setembro. As primeiras provas estão marcadas para 25 de setembro.

“Um dos nossos diferenciais é a qualidade do ensino. Todos os professores, sejam civis ou militares, são concursados, passam por um rigoroso processo seletivo. Nossas turmas têm no máximo 30 alunos”, destaca o diretor do colégio, coronel Jean Martins. “Ensinamos aos nossos alunos valores que vão além dos que estão nos livros didáticos como camaradagem e disciplina”, observa o comandante. A escola teve nota 6,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013 (avaliação de qualidade aferida pelo Ministério da Educação). No Exame Nacional do Ensino Médio de 2014 ficou com média 619,695.

Cada turma tem um sargento que a acompanha e observa o desempenho individual dos alunos, além do comportamento. Se o estudante apresenta dificuldade de aprendizado participa de aulas de reforço para que consiga alcançar o desempenho do restante dos colegas. Os melhores alunos, entre 10% e 15% de cada série, ganham condecorações e recebem patentes graduadas, de acordo com as notas. Ana Letícia Fortes, 16 anos, por exemplo, é major-aluna. “No primeiro ano que entrei no colégio, no 9º ano, tive dificuldade e fiz o reforço”, lembra Ana, hoje no 3º ano do ensino médio.

 

REGRAS

O colégio é rigoroso com algumas regras. O uniforme tem que estar sempre limpo e bem passado, os sapatos engraxados. Os rapazes devem apresentar-se barbeados. As alunas não podem pintar as unhas com cores fortes, assim como o batom tem que ser discreto. Brincos não podem ser maiores que a auréola da orelha. Nada de cabelos soltos. Uma vez por semana os estudantes participam do hasteamento das bandeiras e cantam o hino nacional. 

A cada semana um aluno é indicado para ser o chefe da sua turma. É responsabilidade dele organizar as filas durante os deslocamentos pelos corredores do colégio; organizar e limpar a sala e informar ao professor, no início de cada aula, se há algum colega faltoso. Os docentes são saudados pelos estudantes com uma continência ao começar as atividades.

Embora seja uma escola pública, existe a cobrança de mensalidade (cerca de R$ 200). O aluno que não tiver condições de pagar conta com apoio da Associação de Pais e Mestres (APM). A entidade ampara o estudante carente com uniforme, transporte, alimentação ou custeia as mensalidades. 

Merenda e livros são repassados pelo governo federal. O colégio tem uma excelente estrutura para esportes. Há campo de futebol, piscina, ginásio coberto, três quadras (duas cobertas), sala de judô, academia e sala de xadrez. Os alunos praticam atletismo, voleibol, basquete, handebol e pentatlo entre outros esportes. Desde o 6º ano começam a participar da banda musical. Há laboratórios de física, química, robótica, idiomas, artes, biologia e informática.

 

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