Jovens pernambucanos sonham com tricampeonato brasileiro de robótica

O grupo conquistou o 8º lugar na disputa internacional, realizada no Japão
Editoria de Cidades
Publicado em 04/08/2017 às 8:00
O grupo conquistou o 8º lugar na disputa internacional, realizada no Japão Foto: Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem


Integrantes da Robotec GB, única equipe brasileira a disputar o nível 2 da categoria Resgate do RoboCup 2017, oito estudantes pernambucanos de escolas públicas voltaram ontem de Nagoya, no Japão, com muito mais do que um certificado de 8º lugar no campeonato de robótica. Na bagagem estão experiências e aprendizados que serão levados para a vida. Em novembro, o grupo embarca para Curitiba, no Paraná, em busca do tricampeonato brasileiro e da chance de uma vaga na disputa internacional do ano que vem, no Canadá.

Os jovens, com idades entre 13 e 16 anos, são estudantes da Utec Gregório Bezerra, na Várzea, Zona Oeste da capital. Durante os três dias de disputa, eles enfrentaram 11 rodadas contra 37 equipes de 30 países, ficando em primeiro lugar das Américas. “Em 2016, conquistamos o 8º lugar do nível 1 na Alemanha, mas, este ano, o resultado tem um valor maior. Competimos contra institutos com tecnologias muito superiores. A criatividade foi nosso diferencial”, destacou Cid José Espíndola, um dos coordenadores do Programa Robótica na Escola, da Prefeitura do Recife.

Técnico da Robotec GB e professor de robótica, o engenheiro mecânico Victor Sabino atribui a vitória ao esforço dos alunos. “Foram quatro meses de muito treinamento. Agora, vamos aproveitar tudo que aprendemos no Japão para melhorar nosso robô e vencer em Curitiba.”

Em uma das rodadas, os estudantes tiveram que trabalhar em equipe com representantes da Austrália. “Foi um pouco difícil, porque só um aluno da nossa equipe falava inglês, mas, com ajuda de tradutores, a gente conseguiu dialogar”, conta Maria Eduarda Barbosa, 14 anos, aluna do 9º ano da Escola Municipal Doutor Rodolfo Aureliano e única menina do grupo.

Para Ryan Morais, 16, estudante do 2º ano do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), a experiência internacional é enriquecedora. “Amplia muito o nosso leque, tanto cultural como de conhecimentos. Tivemos contato com tecnologias de vários países e aprendemos muito.”

ROBÔ

O robô Bino é fruto de quatro anos de técnicas aprimoradas. Com estrutura em blocos da Lego, ele é projetado para resgatar objetos no menor tempo possível. A proposta, agora, é fazer um protótipo híbrido, incorporando tecnologias semelhantes às que os jovens conheceram no Japão.

“Esses alunos são exemplos de que é possível alcançar resultados internacionais mesmo vindo da rede municipal e de comunidades carentes”, destacou Suely Bezerra da Silva, coordenadora de robótica da prefeitura.

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