Bullying: um assunto que precisa ser mais discutido

Alunos, psicólogos e psiquiatras falaram sobre o perigo dessa prática nas escolas
Leonardo Vasconcelos
Publicado em 27/10/2017 às 7:37
Foto: Guga Matos / JC Imagem


Há exatamente uma semana, um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas em um colégio em Goiânia. O crime chocou o país e reacendeu o debate sobre algo ainda muito presente nas escolas de todo o mundo: o bullying. A prática, infelizmente, é mais comum do que se imagina. A equipe do Jornal do Commercio foi até um colégio particular do Recife conversar com os alunos. Veja o vídeo.

Entre as crianças ouvidas, Maria Júlia Martines, de 11 anos, aluna do 5º ano do ensino fundamental, admitiu já ter sido vítima de bullying. “Eu já mudei de três escolas por conta disso. Eu fiquei doente, não comia, nem dormia direito. Eu me sentia muito triste e solitária porque no parque as outras crianças não queriam ficar comigo. Hoje eu me sinto melhor e graças a Deus nunca mais sofri com isso”, afirmou a aluna.

Os colegas dela explicam como costumam agir quando se deparam com situações de bullying. "Ou eu informo a um adulto para resolver a situação ou falar para a pessoa que cada um tem o seu pensamento, cada um tem o seu jeito", disse o estudante Luiz Antônio Biagio Consentino de 10 anos que é do 4º ano do ensino fundamental. 

ESPECIALISTAS

A psicóloga da escola Mariana Malheiros explicou como procura despertar os jovens para o combate a esta prática. “Primeiro as crianças tem que entender que bullying é um ato intencional e persistente de atitudes agressivas, verbais e físicas que causam prejuízos emocionais, sociais e fisiológicos. Depois é estimulá-la a ser proativa, ou seja que ela fale o que está acontecendo”, contou.

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