Seminário em Petrolina debateu alfabetização e mercado de trabalho

Promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, evento reuniu educadores, gestores públicos e empresários nesta segunda-feira
Da editoria de Cidades
Publicado em 18/12/2017 às 16:47
Promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, evento reuniu educadores, gestores públicos e empresários nesta segunda-feira Foto: Foto: Divulgação


Qual o impacto que uma boa alfabetização tem na vida de um jovem que, ao concluir a educação básica, deseja ingressar no ensino superior ou no mercado de trabalho? E quando essa importante fase da vida escolar não é bem feita? Como a tarefa de educar pode ser dividida entre gestores públicos e a iniciativa privada? Essas foram algumas questões levantadas durante seminário realizado na manhã desta segunda-feira (18) em Petrolina, no Sertão do Estado. Promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, o evento faz parte do Movimento Pernambuco pela Educação e ocorreu no auditório do Hotel Nobile, na orla do município.

Cerca de 300 pessoas participaram, entre educadores, empresários e pessoas ligadas ao poder público. “O processo de alfabetização precisa ser reforçado. Mas temos que sair do papel de vítimas e não esperar somente as ações governamentais. Em Santa Catarina, criamos um movimento há cinco anos para que os empresários também contribuam para mudar esse cenário”, destacou o gerente de Educação e Tecnologia do Senai e coordenador do Movimento Santa Catarina pela Educação na cidade de Chapecó, Almeri Dedonatto.

“Hoje, 30% dos empregos formais não existiam há 10 anos. É importante investir na educação integral. Não no sentido apenas de período integral, mas de preparar os jovens para desenvolver competências socioemocionais, o pensamento crítico e a criatividade”, comentou.

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O presidente do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação (ICE), Marcos Magalhães, defendeu a continuidade das ações. “É preciso professor, pedagogia e pai para fazerem a escola funcionar. Mas as redes necessitam de política pública, perseverança e paciência. Não há milagre na educação. É um trabalho permanente e sistemático”, comentou.

“Por que a política de ensino médio integral de Pernambuco deu tão certo? Saímos do 21º lugar no Ideb para o 1º lugar no Brasil. Fruto de um trabalho de 13 anos ininterruptos, que passaram por cinco governadores e nove secretários de Educação. Não pode haver descontinuidade de programas exitosos”, defendeu Marcos Magalhães.

 

O ministro da Educação, Mendonça Filho, garantiu que a busca do governo federal é dar condições para que todas as crianças sejam alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental, nova meta fixada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada na última sexta-feira (15) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

“Essa mudança vai assegurar equidade e a mesma oportunidade para todos”, enfatizou Mendonça Filho. “O que a gente quer é que a BNCC sirva de referência na elaboração de currículos adequados e que esses currículos ajudem a melhorar o desempenho não só na alfabetização, mas em toda a educação básica”, comentou o ministro da Educação.

PERNAMBUCO

O evento foi realizado com apoio da TV Escola, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Ministério da Educação (MEC), Instituto Ayrton Senna e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Já ocorreu seminário semelhante no início de dezembro em Caruaru, no Agreste pernambucano. O SJCC pretende realizar mais encontros em 2018 em outras regiões do Estado.

 

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