Crianças e adolescentes nascidos no século XXI são nativos digitais. Estão familiarizados com todas as novas plataformas e tecnologias que muitos adultos custam a incorporar em suas vidas. A educação destes jovens, no entanto, nem sempre acompanha o passo da geração. É com esse pensamento de educação global que foi lançada, nesta semana, a Escola Conecta. O novo colégio, que vai funcionar no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife, começa as atividades já no primeiro semestre de 2019 e está com matrículas abertas.
Além de estar inserida em um contexto digital, a prioridade da Escola Conecta também é desenvolver e trabalhar a parte socioemocional dos estudantes. A unidade de ensino será dirigida por Sandra Janguiê, psicopedagoga com experiência no mercado educacional há mais de 20 anos. “A Escola Conecta é inovadora, disruptiva, com uma grade curricular totalmente diferenciada, respeitando a Base Nacional Comum Curricular, mas também colocando disciplinas eletivas, onde os alunos vão trabalhar com prazer. A palavra de ordem dessa escola é criatividade”, diz.
A ideia é trabalhar a pedagogia de projetos, em que o aluno identifica um problema e usa o conhecimento para buscar soluções. “ A primeira decisão foi que a escola iria passar pelo conceito de metodologias ativas . O professor cria uma experiência de aprendizagem e o aluno vai construindo conhecimento”, afirma Rogério Costa, coordenador pedagógico da Escola Conecta.
A estrutura física também foi pensada de forma a estimular a convivência, com laboratórios, oficinas, espaços para incentivo à prática de esportes, entre outros. As salas de aula, por exemplo, terão mesas compartilhadas, e o conceito de laboratório de informática foi extinto - os estudantes poderão ter contato com computadores e tablets em qualquer ambiente.
“Nós fizemos isso para que os estudantes trabalhem em conjunto, para que dividam, para que eles tenham sempre os colegas como parceiros, trabalhando a empatia”, ressalta Sandra Janguiê.
Para a direção da escola, o grande diferencial é a preocupação com o aluno de forma integral, não apenas a formação de estudantes que sejam aprovados em provas de vestibular. “A principal promessa das escolas que estão na praça é colocar o aluno na universidade. Nós queremos muito mais. A gente precisa ensinar a empreender, mas precisa também ensinar a criar vários planos para a vida. E se o cenário mudar? E se a minha profissão não for mais necessária?”, diz Rogério.
Estão na grade disciplinas como empreendedorismo e trabalhabilidade e inteligência emocional, além de laboratórios makers. “Esse laboratório é uma grande oficina, onde o aluno pode projetar e fazer o que ele quiser nesta oficina, usando os conhecimentos da física e da matemática que estão sendo estudados em sala de aula”, explica Sandra.
O colégio terá uma área de sete mil metros quadrados, com capacidade para 850 alunos, do ensino infantil ao médio.