Santa Maria

Robótica estimula desenvolvimento de potencial de estudantes

Presente no dia a dia, a tecnologia também foi parar na sala de aula, onde os alunos são instigados a programar e criar robôs

JC Online
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Publicado em 28/10/2019 às 12:05
Foto: Luiz Pessoa/JC360
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Se no final dos anos 1990 computadores e robôs ainda pareciam algo mais próximo da ficção científica do que da realidade, hoje eles estão inseridos em nossas casas, trabalhos e escolas das mais variadas formas. Dentro da sala de aula, são utilizados para potencializar a curiosidade e a aprendizagem dos estudantes por meio da robótica, desafiando as crianças desde cedo a desvendar a linguagem da programação e a construir ferramentas. “Criei um robô que consegue seguir uma pessoa, a partir de um dispositivo que ela estiver carregando. Quero agora construir uma carcaça de uma mala de  viagem, para testar e ver se funciona para esse fim, para que a gente não precise puxar a mala”, conta Luiz Felipe Leal Ponte, de 12 anos, que está no 6º ano do Colégio Santa Maria - Boa Viagem.

“Se você estiver com o dispositivo emitindo sinal do seu bolso, o robô-mala vai seguindo a pessoa, que não precisa carregar bagagens pesadas demais”, continua o estudante que, a partir das aulas, viu uma possibilidade de trabalhar futuramente na área. “Gosto demais e quero trabalhar com isso. Gosto de me ver construíndo, testando mil vezes para ver se dá certo, até chegar ao resultado final. E quando dá, é muito bacana”, afirma.

Inaldo Barros, professor de robótica do Colégio Santa Maria, explica que as aulas são destinadas aos alunos a partir do 3º ano do Ensino Fundamental e que a metodologia se baseia em desafios para que eles desenvolvam a criatividade, trabalho em equipe, solução de problemas, entre outras habilidades. “A robótica é uma ferramenta que eles vão utilizar para solucionar problemas, desafios de inovação, espírito de competição, projetos de construção. Eles tentam entender os conceitos de programação… Então é muito rico esse processo de aprendizagem”, conta o professor.

Durante as aulas, os alunos montam robôs, constroem protótipos, propõem mecanismos com a ideia de solucionar alguma problemática. Dentre as atividades também está o FIRST LEGO League (FLL). “Eles participam desse campeonato e colocam em prática um dos conceitos que trabalhamos em sala de aula, o ‘Ubuntu’, que defende: ‘sou o que sou pelo que nós somos’. A partir disso a gente estimula que um cresça com o outro, troquem conhecimento, dividam responsabilidades.”

Para Inaldo, um dos principais legados que a robótica deixa é a integração e o desenvolvimento dos conceitos matemáticos e físicos. “É uma atividade bem rica dentro desse contexto. A gente consegue que os alunos tragam para o concreto aquilo que eles vivenciam nas aulas de química, física, matemática. Então além de eles trazerem esse conceito na prática, estão trabalhando o espírito de liderança, junto com todas as outras habilidades que citei”, continua o professor. “A gente consegue perceber o potencial deles para propor soluções e ajudar o próximo por meio da tecnologia.”

Foi assim também para Gustavo Almeida Borba, de 12 anos, que também é aluno do 6º ano. “Se eu conseguir uma oportunidade boa nessa área, vou trabalhar com isso. Mas com certeza vou levar como hobby para o resto da minha vida. Porque é muito bacana me  ver construindo, passar por todos os processos que o professor Inaldo vai pedindo, até chegar ao resultado final e ver que deu certo. É muito bacana.”

Foto: Luiz Pessoa/JC360
Além do aprendizado técnico, professor Inaldo Barros trabalha conceitos como Ubuntu, na sala de aula - Foto: Luiz Pessoa/JC360

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