Audiência

Caso Artur Eugênio: testemunhas são ouvidas pela Justiça

Cirurgião-torácico foi morto a tiros. Segundo a polícia, o crime foi motivado por desavenças profissionais

Do JC Online
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Publicado em 13/01/2015 às 11:43
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Cirurgião-torácico foi morto a tiros. Segundo a polícia, o crime foi motivado por desavenças profissionais - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Teve início no final da manhã desta terça-feira (13) o que poderá ser a última audiência do caso da morte do cirurgião Artur Eugênio de Azevedo Pereira, morto no dia 12 de maio do ano passado. Marcada para as 9h no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, a audiência só teve início duas horas após o horário previsto. O atraso se deu graças a um pedido da defesa para que as provas sejam submetidas a análise de um perito particular. Com o pedido, é possível que uma nova audiência de instrução seja marcada. Nesta terça, serão ouvidas 10 testemunhas, nove de defesa e uma de acusação.

A justiça indiciou cinco suspeitos de participação na morte do cirurgião. O médico Cláudio Amaro Gomes, 57 anos, foi apontado pela polícia como o mandante do crime. O filho, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 32, o auxiliar de expedição Flávio Braz de Souza e Lyferson Barbosa da Silva, 32, foram acusados de execução. O último envolvido, o comerciante Jailson Duarte Cesar, 29, teria intermediado o contato entre Cláudio Júnior, Lyferson e Flávio, mas não participou da execução. Este último foi o responsável por atirar na vítima.

As investigações da polícia apontam que o motivo do crime seriam desavenças profissionais entre a vítima e Cláudio Amaro, colega de profissão de Artur no Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Artur chegou a receber ameaças de morte feitas por Cláudio antes de ser assassinado.

As investigações da polícia apontam que os criminosos seguiram a vítima na saída do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Santo Amaro, na região central, para onde o médico havia ido a fim de visitar um paciente. Imagens do hospital, recebidas pela polícia no dia seguinte ao crime, mostram Cláudio Júnior e outra pessoa dentro do carro à espera do médico. Outro suspeito entrou no carro momentos depois. Como o veículo falhou, eles não conseguiram abordar Artur. A ação foi abortada também após a saída do médico do Hospital Português, minutos mais tarde. Cláudio Júnior, Lyferson e Flávio só conseguiram abordar a vítima na frente do prédio onde morava, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Na noite do dia 12, Lyferson e Flávio entraram no carro da vítima, enquanto Cláudio Junior seguiu em outro carro, um Celta, até o local do crime. De acordo com a polícia, Cláudio não participou da execução. O corpo de Artur foi encontrado sem identificação, na BR-101, em Comporta, Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. O carro dele foi achado totalmente queimado, na manhã seguinte, em um terreno na Guabiraba, Zona Norte do Recife.

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