A Prefeitura de Gravatá, que derrubou um pontilhão tombado da linha férrea quinta-feira passada (21) e foi orientada a refazer a ponte, vai propor à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), nesta quinta-feira (28), uma solução alternativa.
De acordo com o procurador do município, Antônio Saldanha, a prefeitura sugere um projeto misto, mantendo a ideia inicial do município, de remover o pontilhão do trem, e ao mesmo tempo atender exigências que poderão ser feitas pela Fundarpe.
Antônio Saldanha disse que a ponte foi retirada para melhorar a circulação de veículos no local. “É uma questão de interesse público e mobilidade. Só passava um carro por vez por baixo do pontilhão. “Não foi uma atitude louca ou desesperada”, diz.
Ele disse que Gravatá seguiu o exemplo de outras cidades próximas, como Vitória de Santo Antão (Zona da Mata) e Caruaru (Agreste), que têm parte dos trilhos obstruídos por moradias, o que impede a circulação do trem.
Apesar de o Estado ter tombado esse trecho da linha férrea desde 1986, o procurador disse que a atual administração desconhece a proteção legal concedida à ferrovia.
“A prefeitura sempre respeitou e respeitará o patrimônio histórico”, declara Antônio Saldanha. Ele acrescenta que vários moradores são favoráveis à retirada do pontilhão.
O JC esteve na cidade e ouviu relatos de moradores contrários à demolição. Gravatá, no Agreste, era atendida pela Linha Tronco Centro, que chegou ao município no fim do século 19.