Devem ser concluídos, até o início da próxima semana, os exames que apontarão se o professor José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, foi ou não vítima de abuso sexual, e o de DNA, que pode confirmar o envolvimento de dois alunos no crime. Betinho, como é mais conhecido, foi encontrado morto em seu apartamento, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, no dia 16 de maio. Estava nu da cintura para baixo e amarrado com um fio de ventilador no pescoço. De acordo com a Polícia Civil, dois estudantes do Colégio Agnes, onde Betinho era coordenador, são os principais suspeitos.
Um dos estudantes, de 19 anos, é filho de um diretor da escola. O outro, com 17 anos, é acusado de ter desferido, com um ferro de passar roupa, os golpes que mataram o professor. As impressões digitais de ambos foram encontradas por peritos do Instituto de Criminalística (IC) no local do crime. No primeiro depoimento ao delegado Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os dois negaram qualquer participação no assassinato. Há a possibilidade de um segundo depoimento de ambos, assim que os exames ficarem prontos. Outras pessoas ainda podem ser ouvidas ao longo do inquérito.