SDS estuda retomada de convênio para captura de tubarões e posterior soltura em alto-mar

Depois de dez anos de pesquisas, Estado quer ações mais concretas para evitar ataques
Cidades
Publicado em 17/09/2015 às 6:05
Depois de dez anos de pesquisas, Estado quer ações mais concretas para evitar ataques Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


Encerrado desde janeiro, o convênio da Secretaria de Defesa Social (SDS) com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para monitoramento dos tubarões (o Protuba, que utilizava o barco Sinuelo) não poderá ser renovado por questões jurídicas. Contudo, a SDS estuda a possibilidade de fazer uma nova licitação para manter especificamente a captura de tubarões próximo às praias para soltá-los no alto-mar. A informação é do presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), coronel Clóvis Ramalho.

“Há uma semana, quando estávamos prestes a fechar um novo convênio, a universidade nos informou que não tinha margem orçamentária para receber os recursos a serem repassados (em torno de R$ 450 mil durante seis meses), como prevê a legislação mais recente. Então solicitamos à SDS que se avalie a possibilidade de contratarmos outra embarcação com novos especialistas, via licitação. Se não for possível buscaremos outra forma de manter o serviço”.

O coronel esclarece que o convênio anterior, iniciado em 2004, permitiu a realização de pesquisas que diagnosticaram uma série de fatores que influenciaram nos 60 ataques registrados nos últimos 23 anos, com 24 mortes. Mas agora há necessidade de ações mais concretas par impedir os ataques. “A captura para soltura em alto-mar é algo concreto e queremos mantê-la e adotar novas ações”, explica. “Os recursos para isso estão garantidos”.

Outra iniciativa a ser lançada até outubro é um projeto-piloto de monitoramento de banhistas em área de risco por meio de um software atrelado à câmeras que alerta equipe de salvamento mais próxima. Criado pelo coordenador da UFRPE Valmir Macário Filho, ele foi selecionado entre seis inscritos, pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado (Facepe). Estimado em R$ 32 mil e tem prazo de 18 meses para conclusão dos resultados. “Se funcionar bem a ideia é estendê-lo para outras áreas”, adianta coronel Ramalho. “E estamos solicitando nova licitação para buscarmos outras ideias”. 

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