Primeiro trimestre de 2017. Essa é a nova data de conclusão do Corredor de BRT Leste-Oeste, os 16 quilômetros de faixa exclusiva que ligam o Centro do Recife ao Terminal Integrado de Camaragibe, na Zona Oeste da Região Metropolitana. A previsão – bem realista, vale ressaltar – é do governo de Pernambuco, apostando que, até lá, terá conseguido retomar as obras do corredor, paralisadas há um ano, após dimensionar o custo para a finalização e o prejuízo para recuperar o que está parado, sob sol e chuva.
O Corredor Leste-Oeste está com mais de 80% das obras finalizadas, operando com 15 das 26 estações previstas, 45 dos 100 BRTs que deveriam rodar, e transportando pouco mais de 30% da demanda estimada. Era uma obra com valor inicial de R$ 145,4 milhões, mas que devido aos aditamentos de contrato subiu para R$ 168,7 milhões. E, desse total, 81% (R$ 136,5 milhões) já foram gastos. O problema é que a Secretaria das Cidades passou o ano de 2015 tentando retomar a construção, abandonada pela Construtora Mendes Júnior sob alegação de falência após ser envolvida na Operação Lava Jato.
“Conseguimos, com muito esforço, escolher a empresa que está calculando o custo para finalizar o corredor. Foram três licitações frustradas para, só então, na quarta tentativa, aparecer a Policonsult. Eles teriam até março para concluir o levantamento, mas estamos correndo para que ainda em dezembro apresentem, pelo menos, o custo remanescente dos Terminais Integrados da III e IV Perimetrais. Assim, poderemos lançar, ainda em janeiro, a licitação para a retomada das obras dos TIs”, explica o secretário-executivo de obras da Secretária das Cidades, Leonardo Cabral.
A licitação do restante das obras, entretanto, só ganharia as ruas em fevereiro. Com sorte. Nesse pacote estão incluídas as seis estações da Avenida Conde da Boa Vista, as finalizações do Túnel da Abolição e a construção da praça sobre ele, além da conclusão das estações Abolição, Benfica, elevada do Bom Pastor e o alargamento da área do Derby, que permitirá aos BRTs fazerem ultrapassagens. A retomada dos trabalhos está prevista para acontecer somente no meio do ano.
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