Avenida Cruz Cabugá não será contemplada pela Operação Verão

Mais de 100 ruas tiveram o pavimento recuperado desde setembro e 9,5 mil buracos foram tapados, ao custo de R$ 30,2 milhões dos R$ 75,3 milhões do programa
Margarette Andrea
Publicado em 22/12/2015 às 6:36
Mais de 100 ruas tiveram o pavimento recuperado desde setembro e 9,5 mil buracos foram tapados, ao custo de R$ 30,2 milhões dos R$ 75,3 milhões do programa Foto: André Nery/JC Imagem


Apesar de priorizar os corredores de transporte público e as principais vias da cidade com obras de recuperação do pavimento, os R$ 75,3 milhões da Operação Verão 2015 não contemplarão a Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, área central do Recife. Eixo do ainda incompleto Corredor de BRT Norte-Sul e um dos principais acessos ao Centro, a avenida precisará ser praticamente reconstruída, ao custo aproximado de R$ 6 milhões, recursos ainda não previstos, segundo informou o presidente da Empresa de Limpeza e Urbanização do Recife (Emlurb), Antônio Barbosa, em entrevista coletiva, nesta segunda (21), para apresentar balanço da operação.

No lançamento do programa, a Emlurb havia informado que a via estaria contemplada. “Mas só podemos fazer uma obra quando sabemos tudo o que é preciso, então contratamos um projeto de engenharia para fazer topografia e sondagem do terreno, pois o BRT tem peso maior e será preciso executar serviços de drenagem e pavimentação, praticamente uma reconstrução”, explicou a diretora de Manutenção Urbana da Emlurb, Fernandha Batista. “Há outras operações de manutenção viária. Em algum orçamento a obra entrará”, complementou Barbosa.

A Avenida Cruz Cabugá – por onde circulam cerca de 13 mil veículos por dia, sendo 468 ônibus – está em situação de penúria. Os problemas são visíveis: pistas com buracos, asfalto desnivelado, calçadas quebradas ou inexistentes, praças abandonadas, esgoto estourado, faixas de pedestre apagadas e um fluxo misturado de ônibus convencionais, BRT e demais veículos complicam a mobilidade. “Isso daqui é uma vergonha, a gente não consegue nem andar na calçada, é uma dificuldade pra atravessar e esse BRT tem pouco ônibus”, criticou a dona de casa Maria Lúcia Pereira, 54 anos.

A Operação Verão recapeou mais de 100 ruas e avenidas (66 quilômetros), em quatro meses, tendo tapado 9,5 mil buracos, substituído 106 placas de concreto e 16 mil metros quadrados de paralelepípedo. A meta é chegar a 375 placas, 120 quilômetros de vias e troca de 24 mil metros quadrados de paralelepípedo. “Já investimos R$ 30,2 milhões e estamos cumprindo com o cronograma previsto”, salientou Barbosa. A troca de placas está mais lenta devido à demanda de serviços de drenagem nas vias.

As informações estão sendo lançadas em um banco de dados, onde fica registrada a previsão de manutenção. “Há um prazo de cinco anos de garantia do serviço. Se o asfalto rachar, a empresa tem de refazer sem cobrar”, informou Fernandha.


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