Uma nova mobilização nacional para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika está sendo feita nesta sexta-feira (11) em prédios públicos. O ministro das Comunicações, André Figueiredo, esteve na sede dos Correios, na área central do Recife, para conscientizar os trabalhadores da empresa.
No vão de entrada do prédio, localizado na zona central da capital, reuniram-se funcionários administrativos e carteiros da empresa, além de 26 crianças da Escola Municipal Sítio do Céu, do bairro de Santo Amaro.
"A gente já tinha participado de um projeto dos Correios, de doação de presentes no Natal, aí chamaram a gente para participar", lembrou Viviane Freitas, gestora da escola. Para ensinar os alunos, uma maquete mostrando um bairro sem focos de reprodução do mosquito e um microscópio foram levados por agentes municipais de saúde ambiental e controle de endemias.
O ministro falou rapidamente aos presentes, incentivando o engajamento dos funcionários no combate ao Aedes aegypti. "Estamos fazendo um ato simbólico para mostrar que não é a luta de alguns setores. Não é dos funcionários públicos ou dos adultos. Temos que envolver todos, por isso trazer crianças", defendeu.
Depois do evento, o ministro vistoriou um filtro de água e uma lixeira na garagem, em um setor que estava com o chão alagado. Depois, entrou no carro oficial em direção ao aeroporto.
Figueiredo justificou o ato nos Correios: "aqui em Pernambuco, escolhemos a agência tanto pelo simbolismo, porque é uma grande empresa com raízes bem profundas na história do povo brasileiro, quanto pela mobilização que os funcionários vêm demonstrando".
Os carteiros já participam das campanhas contra o mosquito tradicionalmente, mas antes o trabalho era concentrado no combate à dengue. O carteiro Levi Gomes afirma que o trabalho que fazem ajuda no processo de conscientização. "Como a gente está todo dia lá, praticamente mora na área, passa quatro, seis horas na região, cria um vínculo, uma relação de confiança. As pessoas confiam na gente".
Eles entregam panfletos e conversam com os moradores sobre as medidas a serem tomadas para evitar a reprodução do Aedes aegypti. "Quando a gente chega, muita gente não acha bom. Pergunta: 'para quê eu quero isso?' Mas, no fundo, no fundo, elas sabem que se não fizerem o que tem de ser feito, será prejudicial. Não só para quem está fazendo a campanha, mas para toda a vizinhança", orienta Levi.
Panfletos também são entregues por funcionários dos Correios nas agências e demais postos de atendimento.