Hospital da Mulher abre as portas na segunda-feira

Unidade funcionará no bairro do Curado, na Zona Oeste
JC Online
Publicado em 07/05/2016 às 7:21
Unidade funcionará no bairro do Curado, na Zona Oeste Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Será inaugurado na próxima segunda-feira o Hospital da Mulher do Recife, no bairro do Curado, Zona Oeste da cidade. A unidade vai receber o nome da médica Mercês Pontes Cunha, ícone da prevenção do câncer ginecológico no Estado, e falecida no ano 2000. Além de atendimento nas áreas de ginecologia, obstetrícia, cardiologia, infectologia, entre outras, o hospital contará com um centro de atendimento à mulher vítima de violência (em parceria com a Secretaria de Defesa Social), que concentrará serviços como exames de corpo de delito e sexológico.

A unidade custou R$ 118 milhões (recursos municipais, estaduais e federais) e terá capacidade para realizar 67 mil procedimentos por mês. Ao todo, serão 150 leitos e um total de 1.108 funcionários, sendo 158 médicos. “O hospital surgiu de uma junção de necessidades. Havia um enorme gargalo no atendimento materno-infantil no Recife, fruto da falta de uma falta de investimentos que vinha de muitos anos. Também houve um pedido direto de vários grupos de mulheres ao prefeito para que criasse uma unidade específica para elas”, comenta o secretário municipal de Saúde, Jailson Correia.

O atendimento ao público será inciado na terça-feira e se dará apenas no ambulatório, pelos 30 dias seguintes. Depois desse período é que começarão os procedimentos mais complexos, como as cirurgias ginecológicas. É quando o hospital passa a funcionar por 24 horas. Em um prazo de 90 dias, a partir da data de inauguração, é que toda a estrutura estará funcionando. “É um protocolo padrão para qualquer unidade de saúde no País. Os serviços vão sendo ofertados aos poucos, dentro de um cronograma previamente estabelecido e de acordo com a complexidade”, relata o secretário.

Quando estiver operando a pleno vapor, o Hospital da Mulher vai realizar uma média de 400 partos e 250 cirurgias por mês, nos cálculos da Secretaria de Saúde. “Vamos oferecer um total de 5 mil ultrassonografias mensais, o que significa dobrar o número desse procedimento na rede municipal”, explica o secretário.

O centro de diagnóstico oferecerá exames como tomografia, endoscopia, colonoscopia, ecocardiografia, densiometria óssea (para as idosas) e mamografia.

O bloco cirúrgico da unidade terá seis salas, e os pacientes graves terão à disposição duas unidades de tratamento intensivo (UTI), com dez leitos para bebês e dez para as mães. Segundo o secretário de Saúde, o hospital deverá desafogar boa parte das redes municipal e estadual. “Apenas no número de partos, a expectativa é de que aumentemos 40% do que é feito hoje nas duas redes. Significa que essas unidades terão uma certa ´folga´”.

A estrutura do Hospital da Mulher custará R$ 6 milhões por mês, e 70% desse valor será bancado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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