Professora carrega devoção a Nossa Senhora do Carmo até no nome

Maria do Carmo Dias, professora, foi batizada de Do Carmo em 1959, no Recife. Quem escolheu o nome foi a mãe, que também se chamava Maria do Carmo e era devota de Nossa Senhora do Carmo. Naquela época, a devoção era tanta que Do Carmo (a mãe) escolheu Nossa Senhora do Carmo até para ser madrinha da sua filha recém-nascida. Do Carmo (a filha), hoje com 57 anos, sempre gostou de ter o mesmo nome da Santa, de quem também decidiu ser devota e para quem reza todos os dias, desde que é criança. “Meu nome representa minha devoção a Nossa Senhora, eu sou muito feliz por isso. Todos os dias, lembro da Santa e da minha mãe, que já morreu há muitos anos. Tenho muito orgulho, sempre tive”, conta Do Carmo, lembrando que a homenagem feita pela mãe, ao escolher o seu nome, não poderia ter sido melhor.

Maria, a Santa, foi batizada de Do Carmo, muitos anos depois de nascer, no Monte Carmelo, em Israel. A origem de Nossa Senhora do Carmo vem do século 12, quando os monges carmelitas decidiram erguer a primeira capela dedicada à santa naquele monte. Após serem expulsos dali, levaram a fé em Nossa Senhora do Carmo para Europa, mas só em 1500 ela chegou ao Brasil, trazida pelos colonizadores europeus.

No Recife, desde 1909, a Santa ocupa o posto de padroeira da cidade, e uma grande festa em sua homenagem acontece no dia 16 de julho, todos os anos, em frente a Basílica do Carmo, no Centro da cidade. 

Neste sábado (16), o plano de Maria do Carmo é assistir pelo menos uma das missas na basílica em homenagem à Santa. Talvez não dê tempo de ir para procissão, mas ela garante que o coração estará entre os devotos de Nossa Senhora do Carmo.

CELEBRAÇÕES - A missa das 7h deste sábado (16) abre a série de cinco celebrações durante o dia, realizadas às 8h, 10h, 12h e 15h. O início da novena começa às 19h, sob a presidência do frei Francisco de Sales Alencar Batista e pregação de dom Bernardino Marchió. Os horários das missas e novenas se repetem no domingo (17), com novena presidida pelo frei Valdomiro José de Lima e pregação do padre André Vital Félix da Silva. 

A partir das 20h, num palco montado em frente à Basílica, no Pátio do Carmo, se apresentam Padre Damião Silva, às 21h, Dudu do Acordeon anima a noite.

No último dia da festa, as missas na basílica e no claustro tem início a partir das 5h e 5h30, respectivamente, e vão até as 16h, quando o arcebispo de Olinda e Recife dom Fernando Saburido, celebra missa solene. Às 17h30, a procissão com a imagem de Nossa Senhora do Carmo toma conta das principais vias do centro do Recife.