Armazém 14, no Porto do Recife, reabre na forma de um espaço cultural

O imóvel, que estará em funcionamento em novembro, é o último a ser entregue, entre os três que fazem parte do complexo Armazéns do Porto
AMANDA RAINHERI
Publicado em 18/08/2016 às 8:15
O imóvel, que estará em funcionamento em novembro, é o último a ser entregue, entre os três que fazem parte do complexo Armazéns do Porto Foto: Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem


Com arquitetura eclética, estilo predominante na transição entre os séculos 19 e 20, um novo Armazém 14 reabre, em novembro próximo, na forma de um espaço para eventos. O imóvel, localizado na área portuária do Bairro do Recife, no Centro da cidade, sediou, durante uma década, o Teatro Armazém, que encerrou as atividades em 2011. O novo espaço contará com estrutura para receber apresentações culturais de teatro, dança, música e exposições, além de feiras e eventos sociais e corporativos. 

Assinado por Humberto Zirpoli, o projeto contará com palco, mezaninos vazados, camarins, banheiros e uma cozinha. O imóvel é o último a ser entregue, entre os três que fazem parte do complexo Armazéns do Porto, integrante do projeto Porto Novo Recife, iniciativa privada que busca resgatar sete galpões (9, 12, 13, 14, 15, 16 e 17) da área histórica da capital. Alguns deles estavam fora de operação desde a década de 90.

Inspirado no bairro portenho de Porto Madero, um dos maiores polos financeiros e gastronômicos de Buenos Aires (Argentina), o projeto Armazéns do Porto nasceu com a missão de levar a um dos principais cartões-postais do Recife, o Marco Zero, comida rápida e acessível, em um ambiente com temperatura boêmia. 

Perto dali, no Armazém 9, funciona a empresa de consultoria multinacional Accenture. O 15 será um hotel de padrão internacional, com marina, restaurantes, lojas, bares, salas de reunião, piscina e academia de ginástica. Integrados a ele, os armazéns 16 e 17 vão abrigar um centro de convenções. “Ainda não temos data. Estamos aguardado liberações da prefeitura para o início das obras, que devem durar dois anos”, explicou Marina Barros, gerente do complexo de lazer e serviços. 

ILUMINAÇÃO 

Há duas semanas, o JC denunciou a falta de iluminação no Parque das Esculturas, que abriga 91 obras do artista plástico Francisco Brennand. Até a mais famosa delas, a Coluna de Cristal, com 22 metros de altura, não é enxergada à noite do Marco Zero, de onde deveria ser possível contemplar o monumento, nos arrecifes da cidade. 

A escuridão prejudica o turismo e o comércio. Samuel Marques é proprietário do restaurante Rock & Ribs, no Armazém 12, e critica a falta de cuidado da prefeitura. “É um assunto que a gente vem tratando frequentemente com a administração dos armazéns. Porém, a iluminação não é responsabilidade nossa, e sim da prefeitura. Melhoraria bastante a visibilidade e traria mais gente à noite”, considerou. 

Funcionário do Seu Boteco, restaurante localizado no Armazém 13, Paulo Rafael dos Santos ouve reclamações dos clientes. “O pessoal achava muito bonito. Agora, fica perguntando pra gente o que tem do outro lado, porque não dá pra ver nada”, contou.

A Prefeitura do Recife informou que o novo projeto de iluminação será executado pela Prodetur. Ainda não há data definida para o serviço. 

INFORMATIVO

Nas próximas semanas, começa a distribuição de cinco mil exemplares de um folder com informações turísticas sobre o Bairro do Recife. A iniciativa é do complexo de entretenimento Armazéns do Porto. 

Trata-se de um mapa ilustrado do bairro histórico, com nomes de ruas e pontes, além dos principais atrativos turísticos. O material, que será distribuído no Shopping Recife, Parque Dona Lindu e nas Praças do Arsenal e de Boa Viagem, com edição também em inglês, oferece uma lista de telefones úteis, como o do Corpo de Bombeiros, Samu e das Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal. 

“Queremos trazer os turistas para o Recife Antigo, mostrando um percurso que pode ser feito até mesmo a pé”, explicou a gerente do Porto Novo Recife, Marina Barros. O folder também divulga os bares e restaurantes do complexo como alternativas de gastronomia e entretenimento.

O informativo é bem-vindo para visitantes como a administradora Sandra Dias e o contador Josemir Cerqueira. O casal esteve no Recife na semana passada, vindo da Bahia, e criticou a falta de sinalização na área do Marco Zero. “Não sabíamos onde encontrar nada. Um folder é sempre bem-vindo para orientar os turistas”, comentou Sandra. 

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