O caso do garoto Carlos Attias Boudoux, 9 anos, deverá ser resolvido diplomaticamente entre o Brasil e a Argentina, segundo informações divulgadas neste sábado (17) pela Polícia Federal. A criança foi levada pelo pai, o advogado argentino Carlos Attias, para passar as festas de fim de ano em 2015 e deveria ter retornado à casa da mãe, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux, em Recife, em janeiro deste ano, o que não ocorreu.
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Na última sexta-feira, Cláudia viajou à Buenos Aires, na intenção de trazer o filho de volta à capital pernambucana com o Caso Carlinhos solucionado. “É bom que a mãe do garoto esteja lá para dar informações e ajudar no entendimento do juiz sobre o caso. A Argentina é soberana para decidir sobre o assunto”, resume o assessor da Polícia Federal em Recife, Giovani Santoro.
Santoro disse ainda que pode ser feito um acordo bilateral entre os dois países e o menino ser repatriado. A Policia Federal fez um pedido de extradição do garoto às autoridades argentinas que ainda não foi julgado.
A intenção de Cláudia é conseguir a guarda do filho. Contatada, a fisioterapeuta diz que participou de uma reunião no Consulado do Brasil em Buenos Aires, mas ainda não tinha encontrado o filho e disse não saber onde ele está.
VERSÃO DO PAI DE CARLINHOS
Em entrevista ao Jornal do Commercio na última sexta-feira (16), o pai de Carlinhos afirmou que vai entrar com um processo na Justiça argentina para conseguir a guarda da criança. Segundo ele, o filho não quer voltar ao Brasil. Revelou que levou a criança para protegê-la dos maus-tratos que afirmava sofrer da mãe e da avó materna.
Também ocorreu uma polêmica porque Cláudia acreditava que Carlinhos estava num abrigo, e o advogado, preso. Cláudia chegou a postar um vídeo chorando nas redes sociais, quando soube que Attias estava em liberdade e com o garoto.
Ainda na entrevista concedida ao JC, o advogado contou que foi detido por agentes da Interpol, na última quarta-feira, quando estava em sua residência, e, na manhã seguinte, prestou depoimento ao juiz federal criminal argentino Ariel Lijo, sendo liberado em seguida. Ele entrou com uma solicitação para derrubar o pedido de extradição feito pela Polícia Federal.