Uma semana após ser suspenso, devido a problemas com os advogados de defesa, será retomado hoje, às 9h, o julgamento de dois dos acusados pela morte do médico Artur Eugênio Azevedo. O crime ocorreu em maio de 2014, no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A sessão terá início às 9h, no fórum da cidade, com apenas dois dos cinco indiciados pelo homicídio: o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, 33 anos, e o motorista Lyferson Barbosa da Silva, 27.
Na última quarta-feira (14) teria início o júri popular para os dois acusados, mas o advogado de Cláudio Júnior, Luiz Miguel dos Santos, alegou problemas de saúde – chegou a apresentar atestado médico relativo a um desconforto no ombro – e não compareceu ao fórum. Outros dois defensores do acusado, Anderson Flexa e Braz Neto, foram destituídos antes do início da sessão. Sem advogado de defesa para um dos réus, não restou à juíza Inês Maria de Albuquerque, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, outra opção a não ser adiar o julgamento.
O assistente de acusação, Daniel Lima, não acredita que possa haver nova interrupção no processo. “Estaremos lá para cumprir com nosso dever de fazer justiça a Artur Eugênio. Esperamos que a defesa também compareça.”
O advogado Luiz Miguel Santos, defensor de Cláudio Júnior, afirmou que somente um outro imprevisto relativo à saúde o tiraria do júri marcado para hoje. “Estamos confiantes. Temos argumentos para defender nosso cliente e vamos apresentá-los aos jurados”, garantiu.
A previsão é de que seja escolhido, ainda durante a manhã de hoje, o corpo de sete jurados entre os 25 convocados pela juíza. Também devem ser exibidos os vídeos com depoimentos de 24 testemunhas de acusação, seguidos do interrogatório dos réus. O julgamento deve ser concluído na terça-feira (27).
Artur Eugênio Azevedo foi morto com três tiros disparados à queima-roupa, na localidade de Comporta, em Jaboatão, após ser abordado por três homens na porta do edifício em que morava, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital. Segundo a polícia, o homicídio foi motivado por desavenças profissionais com o também médico Cláudio Amaro Gomes (ex-sócio de Artur e pai de Cláudio Júnior), apontado como o mandante do crime.