Pontes do Centro do Recife recebem revitalização

Buracos, pichações, ferrugem nos guarda-corpos, fiação elétrica exposta e problemas de iluminação estão por toda parte das construções
Editoria de Cidades
Publicado em 15/12/2016 às 8:24
Buracos, pichações, ferrugem nos guarda-corpos, fiação elétrica exposta e problemas de iluminação estão por toda parte das construções Foto: Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem


Demorou, mas alguns dos cartões-postais mais bonitos do Recife finalmente receberão intervenções do poder público. Trata-se das Pontes Buarque de Macedo, Giratória, Maurício de Nassau e do Limoeiro, no Centro da capital. A requalificação começou em novembro e deve se estender até o próximo dia 20. O JC esteve nesses locais em abril, maio, julho e novamente em novembro. Em todas as vezes, o cenário de abandono e descaso era o mesmo. 

Buracos, pichações, ferrugem nos guarda-corpos, fiação elétrica exposta e problemas de iluminação estão por toda parte das construções. Para corrigir os problemas causados pela falta de manutenção preventiva, a Prefeitura do Recife, através da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), desembolsará R$ 130 mil. O serviço abrange reparos nos passeios, conserto e renovação da pintura dos guarda-corpos.

Segundo a diretora de Manutenção Urbana da Emlurb, Fernandha Batista, os reparos são feitos a cada dois anos. “A maresia e a própria atividade de pesca acabam danificando e oxidando as estruturas. Estamos fazendo um levantamento para ver a situação das demais pontes para fazermos os reparos necessários”, explica.

A Ponte do Limoeiro, que liga Santo Amaro ao Bairro do Recife, foi a primeira a ser requalificada, ainda no final de novembro. O parapeito de metal está sendo recuperado nos trechos mais danificados e a pintura deve ser refeita logo em seguida. Entre os problemas que ainda não foram corrigidos estão a fiação exposta nos postes de iluminação e buracos no passeio. Em um local, a fissura é tão profunda que é possível ver as águas do Rio Beberibe. 

Das quatro pontes escolhidas, apenas a Maurício de Nassau, entre os bairros de Santo Antônio e do Recife, ainda não recebeu nenhuma intervenção. Faltam pedaços do parapeito e a ferragem está à mostra em alguns pontos. Em outros, o guarda-corpo está praticamente solto, podendo desabar. “Sinto medo de cair com a ponte neste estado. Está muito maltratada. É um problema que se estende a todas as pontes do Recife”, critica a atendente Silvana Maria de Paula. 

ESCULTURAS

Os pilares que sustentam as quatro grandes estátuas símbolos da ponte, a primeira de grande porte do País, também serão pintados. A construção ainda conta com uma quinta escultura em homenagem ao poeta Joaquim Cardozo, em uma das sacadas seculares. A obra foi retirada em agosto pela Emlurb após ser alvo de vândalos. A previsão era de que fosse recolocada até o fim de novembro, mas a peça somente deve voltar ao seu local de origem no ano que vem. 

“A recuperação vai ser feita até o Carnaval. Tudo depende dos artistas que estão trabalhando na peça, mas estamos com esta previsão para a conclusão”, afirma a diretora de Manutenção da Emlurb. A estátua, que integra o Circuito da Poesia ao lado de outras 11 peças, foi encaminhada para o artista plástico Demétrio Albuquerque, autor de todas as esculturas do projeto, inaugurado em 2006.

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