Obra vai garantir fim do racionamento de água em 15 bairros de Olinda

Cerca de 240 mil moradores de 15 bairros serão beneficiados com obra que começou em outubro e termina em junho de 2018
Cidades
Publicado em 27/12/2016 às 20:45
Cerca de 240 mil moradores de 15 bairros serão beneficiados com obra que começou em outubro e termina em junho de 2018 Foto: Aluisio Moreira/Compesa


Até junho de 2018, cerca de 240 mil moradores de 15 bairros mais populosos de Olinda, no Grande Recife – que hoje enfrentam um rodízio de um dia com água para três dias sem – vão sair do racionamento. Para isso, já está em andamento uma obra que prevê a implantação e substituição de 17 quilômetros de rede, além de serviços de setorização para melhorar a gestão e o controle do sistema, a construção de reservatórios e intervenções operacionais com uso de novas tecnologias.

O Programa Olinda Mais Água terá investimentos de R$ 133,8 milhões e está sendo executado pela empresa Nova Olinda, por meio de um contrato de performance. “Por esse modelo, quanto melhor o desempenho da empresa na redução das perdas, mais ela ganha”, explica o diretor regional metropolitano da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Fernando Lôbo. Isso porque, além do montante referente à obra, ela vai receber até março de 2021 pela manutenção do sistema, conforme resultados alcançados.

“A rede de Olinda é muito antiga e está subdimensionada. Há décadas o município não recebia um investimento tão grande”, destaca Lôbo. O contrato de performance está sendo utilizado pela primeira vez e deverá ser expandido se funcionar bem. 

As áreas beneficiadas, que correspondem à metade da cidade de Olinda, serão divididas em 42 setores de medição e controle, nos quais serão instaladas válvulas redutora de pressão e macromedidores. O objetivo é melhorar a gestão e o controle do abastecimento, além de evitar que uma grande área fique sem abastecimento toda que vez que ocorrer um estouramento no sistema de distribuição de água, até que a manutenção seja realizada.

A primeira etapa, iniciada em outubro, abrange os bairros de Rio Doce, Jardim Atlântico e parte de Casa Caiada e de Jatobá, Bairro Novo e Jardim Fragoso, com implantação de 17 quilômetros de tubulações, incluindo adutoras de 300 a 500 milímetros de diâmetro. Também serão construídos cinco reservatórios em Jardim Atlântico.

A segunda etapa começa em abril 2017, no bairro de Ouro Preto, no restante de Casa Caiada e de Jatobá, em Jardim Fragoso e no Bairro Novo. Em dezembro de 2017 a obra chega ao Sítio Histórico,que engloba os bairros do Varadouro, Carmo, Guadalupe, Santa Tereza, Bonsucesso, Monte, Amaro Branco e Bultrins. 

BALANÇO

Em balanço realizado nesta terça, na sede do órgão, em Santo Amaro, área central do Recife, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, informou que foram investidos mais de R$ 6 bilhões no sistema nos últimos dez anos. Só em 2016, foram R$ 203 milhões em esgotamento sanitário no Grande Recife e em Goiana.

Entre as obras em andamento na região, citou a adequação do sistema de abastecimento da capital, que tem investimento de R$ 139 milhões. “Na parte plana do Recife o racionamento já não existe. Mas estamos trabalhando nos morros, como no Ibura, onde investimos R$ 50 milhões”, destacou Tavares.

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