O Mercado da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, que passa por reformas desde o início de 2016, ganhou novas lojas e a partir de 2017 os clientes poderão degustar sopas, comer pastéis e saborear sorvetes no terraço que será instalado no prédio de inspiração art déco. Prevista para começar em janeiro, a segunda etapa da obra terá três meses de duração.
“Estamos criando a terceira praça de alimentação do mercado, com padaria, pastelaria, soparia, sorveteria, cafeteria e mercearia”, afirma o presidente da Companhia de Serviços Urbanos (Csurb), Luiz Alexandre Almeida. A padaria, diz ele, vai produzir dez tipos de pães diferentes todos os dias. Na mercearia, o público poderá comprar canjica, bolo de rolo, vinho, cachaça e iguarias.
O terraço interno, ao lado da nova praça de alimentação e previsto para ser executado em 30 dias, terá 40 mesas. “Quando a obra terminar, as lojas já podem entrar em operação”, informa Luiz Alexandre. Outro terraço com 20 mesas e paraciclo (suportes para o ciclista prender bicicletas) será montado no espaço lateral, entre o gradil e o prédio do mercado.
De acordo com Luiz Alexandre, a reforma no Mercado da Encruzilhada começou pelo reordenamento de parte dos locatários. “Agora temos um setor para venda de carnes e derivados e outro para peixes e crustáceos, com os produtos armazenados da forma correta”, declara. A segunda praça de alimentação, inaugurada há seis meses, ocupa uma área antes degradada do prédio.
“Isso aqui era uma imundície, cheio de gato e cachorro, agora está limpo e organizado”, destaca a comerciante Mércia Nogueira da Silva, proprietária da Buchadinha da Mércia, um dos restaurantes da segunda praça de alimentação, que abre para café da manhã e almoço, de domingo a domingo. “Aqui não vinha ninguém, agora vem gente de paletó”, ressalta o comerciante Antônio Olímpio, do Tony’s Bar.
A reforma também contempla uma ciclofaixa permanente para ligar a Avenida Santos Dumont, na Praça do Rosarinho, até o Largo da Encruzilhada. “Queremos atrair um outro tipo de público, nos dias de domingo quase todas as lojas ficam fechadas”, diz Luiz Alexandre, acrescentando que já está em funcionamento no prédio uma loja para venda, conserto e customização de bicicletas.
Um estacionamento com capacidade para 30 veículos será implantado no outro espaço lateral do edifício (o lado oposto ao deque do paraciclo). A prefeitura vai gastar R$ 710 mil na obra completa, com recursos próprios. A arrumação interna dos boxes é financiada pelos permissionários, selecionados por chamamento público. O mercado ficará com 252 lojas.
Para o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, as intervenções no mercado vão criar um novo espaço de convivência no Recife. A obra se completa na área externa com a ciclofaixa, vagas para estacionamento de Zona Azul e melhoria da coleta de lixo. Parte dessas ações será financiada com recursos da construtora Queiroz Galvão, como compensação por um projeto aprovado no bairro, anos atrás, informa João Braga.
“Ótimo ter o estacionamento, é difícil encontrar vagas aqui. A ideia das lojas é boa, virei lanchar de vez em quando”, diz a comerciante Cicleide Beltrão, que comprava aviamentos quarta-feira (28) no mercado.