A Associação Pernambucana dos Pacientes com Doença de Chagas realizará, nesta quarta-feira (19), o 5º Encontro da Praça (Espaço Carlos Chagas), em frente ao hospital PROCAPE-UPE. O evento vai celebrar o Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas , cuja data original, 14 de abril, caiu no feriado da Semana Santa.
O encontro começará às 9h e será voltado à população em geral, com o objetivo de divulgar informações sobre a doença de Chagas.
Dentro da programação, será oferecido um café da manhã na Casa de Chagas, ambulatório anexo do PROCAPE que abriga o Ambulatório de Chagas e a Associação de Pacientes.
Este ano, o Ambulatório de Doença de Chagas, do PROCAPE, da UPE (Serviço de Referência em Doença de Chagas do Estado de Pernambuco), juntamente com a Associação Pernambucana, completam 30 anos. Desde a sua criação, o grupo desenvolve atividades voltadas ao acolhimento, diagnóstico, tratamento e seguimento de pacientes portadores de doença de Chagas, oferecendo assistência integral e multidisciplinar, de forma digna e humanizada, dentro de uma visão biopsicossocial.
As Associações, filiadas à FINDECHAS, escolheram o dia 14 de abril como"Dia Mundial de Combate à Enfermidade de Chagas", justamente por ter sido o dia em que o pesquisador brasileiro, Dr. Carlos Chagas, há 108 anos, comunicou sua descoberta à comunidade científica.
De cada dez pacientes expostos ao risco de contaminação pelo Tripanossoma cruzi, parasito causador da infecção, sete não desenvolverão a doença, terão sobrevida igual à população em geral, não terão impacto negativo em seu cotidiano, exceto pela impossibilidade de doar sangue, órgãos e tecidos. Os três pacientes que poderão desenvolver a doença de Chagas, em sua forma clássica, com lesões no coração e/ou em órgãos digestivos, também apresentarão graus variáveis de gravidade, desde pequenas lesões, a quadros mais graves que demandam assistência de alta complexidade, em hospitais terciários da Rede SUS.
SOBRE A DOENÇA DE CHAGAS – Ainda considerada uma doença no rol das negligenciadas, a doença de Chagas constitui um grave problema de saúde pública para a América Latina, com repercussão mundial. Ao contrário do que se pensa, ainda não foi totalmente controlada.
É causada pelo Trypanosoma cruzie as formas de transmissão de maior importância epidemiológica são a vetorial através de insetos hematófagos, os triatomíneos (barbeiros), a transfusional, a congênita e a oral. A globalização com os movimentos populacionais aumenta o potencial de disseminação da enfermidade para países não endêmicos, especialmente naqueles onde não é feita a triagem sorológica em bancos de sangue e em órgãos e tecidos doados.