A obra de instalação dos chuveiros da orla do Pina e de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, começou no mês passado com a construção dos reservatórios de água. Das sete caixas previstas para os oito quilômetros da beira-mar, duas estão em andamento. Os reservatórios vão abastecer 110 chuveiros e irrigar as 16 quadras esportivas da Praia do Pina. O trabalho deve terminar em outubro deste ano.
De acordo com o cronograma, primeiro serão construídos os reservatórios. Depois são implantados os ramais hidráulicos. A instalação dos chuveiros é a última etapa. “Vamos abrir 55 pontos e cada um deles terá dois chuveiros”, informa a secretária-executiva do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), Manoela Marinho. O programa é vinculado à Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco.
Paralelamente, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) prepara a licitação para escolha da empresa que deverá administrar o serviço. Os chuveiros, informa Manoela Marinho, serão acionados remotamente. O banhista precisa comprar um cartão, à venda nos quiosques de coco do calçadão, para destravar o equipamento. Quando ele passa o cartão, a Compesa libera uma quantidade de água, por um tempo determinado.
“A empresa vencedora desenvolverá o sistema inteligente, que foi definido pela Compesa”, diz ela. Ainda não está definido o valor do cartão. A obra, que teve início no Pina, é uma iniciativa do Estado, Compesa e Prefeitura do Recife. Custa R$ 2,3 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, suficientes para os sete reservatórios, as tubulações e os 110 chuveiros.
A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife informa que as quadras esportivas da orla passam por reparos, com a troca do alambrado e do gradil danificados, além da substituição das lâmpadas quebradas. Esportistas entrevistados ontem reclamaram das condições precárias das quadras. A expectativa da prefeitura é concluir a intervenção em um mês.
Bancos de concreto do calçadão, do Pina a Boa Viagem, também precisam de consertos. Há bancos quebrados e com ferragens expostas. A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) avisa que tem conhecimento das avarias e fez o levantamento de todos os danos. Porém, por falta de recursos, não há previsão para a obra.