Está marcada para as 9h desta quarta-feira (20) a segunda audiência de instrução e julgamento do comerciante Edvan Luiz da Silva, 32 anos, acusado de estuprar e assassinar a fisioterapeuta Mirella Sena, de 28, no último dia 5 de abril. Nessa nova audiência, que acontecerá no Fórum Thomaz de Aquino, o réu será ouvido pela Justiça pela primeira vez, mas ele pode optar por permanecer em silêncio.
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Familiares do acusado também serão ouvidos na manhã desta quarta (20). Após essa etapa, defesa e acusação apresentarão as alegações finais. Se forem apresentadas oralmente, poderão fazer isso durante a audiência, ou entregar por escrito em um prazo de até dez dias. A partir das alegações, o juiz irá decidir se Edvan Luiz irá a júri popular.
Familiares e amigos de Mirella realizam um protesto pacífico em frente ao local da audiência. Vestindo camisas com o rosto da jovem e carregando cartazes, eles cobram mais uma vez justiça e celeridade no processo. Quando o réu chegou até o Fórum, foi recebido aos gritos de assassino pelos familiares da vítima. O pai da fisioterapeuta, Wilson Araújo, era um dos que estava em frente ao local da audiência e falou a Rádio Jornal sobre a expectativa da família. "Eu espero que nessa audiência a justiça seja feita e que o juiz dê a condenação, que ele vá a júri popular", declarou.
A primeira audiência do caso aconteceu em junho deste ano, onde as 13 testemunhas de acusação apontaram o perfil violento e agressivo de Edvan. Ao final dela, a defesa solicitou que os peritos responsáveis pelos laudos do inquérito fossem ouvidos, mas não apresentaram as questões que deveriam ser esclarecidas e os profissionais que seriam intimados. Com isso, o depoimento dos peritos não irá acontecer na audiência desta quarta (20).
Alegações finais
Ao apresentar as alegações finais, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) reforçou a denúncia contra o acusado requerendo que o processo seja levado a Júri Popular. Na manifestação, o MPPE também solicitou que a esposa do
acusado Myrza Lustosa Castro Neta fosse interrogada pela autoridade policial para apuração de possíveis crimes de desobediência e/ou fraude processual. Essa requisição ocorre em separado do processo contra Edvan. O juiz terá agora dez dias para decidir se o acusado vai ou não a júri.
Sobre o caso
Mirella foi assassinada a facadas dentro do flat onde morava em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na manhã do dia 5 de abril. O suspeito de cometer o homicídio, o vizinho Edvan Luiz da Silva, 32 anos, está preso desde o dia do crime. Ele foi indiciado, no dia 12 de abril, por estupro e homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem chance de defesa da vítima e feminicídio).