Julgamento

Caso Mirella: réu deve ser ouvido na audiência desta quarta-feira

Edvan Luiz da Silva poderá permanecer em silêncio durante todo o depoimento. Expectativa é que após alegações, juiz decida se ele vai a júri popular

Da editoria de Cidades
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Publicado em 20/09/2017 às 8:48
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Edvan Luiz da Silva poderá permanecer em silêncio durante todo o depoimento. Expectativa é que após alegações, juiz decida se ele vai a júri popular - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Está marcada para as 9h desta quarta-feira (20) a segunda audiência de instrução e julgamento do comerciante Edvan Luiz da Silva, 32 anos, acusado de estuprar e assassinar a fisioterapeuta Mirella Sena, de 28, no último dia 5 de abril. Nessa nova audiência, que acontecerá no Fórum Thomaz de Aquino, o réu será ouvido pela Justiça pela primeira vez, mas ele pode optar por permanecer em silêncio.

Familiares do acusado também serão ouvidos na manhã desta quarta (20). Após essa etapa, defesa e acusação apresentarão as alegações finais. Se forem apresentadas oralmente, poderão fazer isso durante a audiência, ou entregar por escrito em um prazo de até dez dias. A partir das alegações, o juiz irá decidir se Edvan Luiz irá a júri popular.

Familiares e amigos de Mirella realizam um protesto pacífico em frente ao local da audiência. Vestindo camisas com o rosto da jovem e carregando cartazes, eles cobram mais uma vez justiça e celeridade no processo. Quando o réu chegou até o Fórum, foi recebido aos gritos de assassino pelos familiares da vítima. O pai da fisioterapeuta, Wilson Araújo, era um dos que estava em frente ao local da audiência e falou a Rádio Jornal sobre a expectativa da família. "Eu espero que nessa audiência a justiça seja feita e que o juiz dê a condenação, que ele vá a júri popular", declarou.

A primeira audiência do caso aconteceu em junho deste ano, onde as 13 testemunhas de acusação apontaram o perfil violento e agressivo de Edvan. Ao final dela, a defesa solicitou que os peritos responsáveis pelos laudos do inquérito fossem ouvidos, mas não apresentaram as questões que deveriam ser esclarecidas e os profissionais que seriam intimados. Com isso, o depoimento dos peritos não irá acontecer na audiência desta quarta (20).

Alegações finais

Ao apresentar as alegações finais, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) reforçou a denúncia contra o acusado requerendo que o processo seja levado a Júri Popular. Na manifestação, o MPPE também solicitou que a esposa do
acusado Myrza Lustosa Castro Neta fosse interrogada pela autoridade policial para apuração de possíveis crimes de desobediência e/ou fraude processual. Essa requisição ocorre em separado do processo contra Edvan. O juiz terá agora dez dias para decidir se o acusado vai ou não a júri. 

Sobre o caso

Mirella foi assassinada a facadas dentro do flat onde morava em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na manhã do dia 5 de abril. O suspeito de cometer o homicídio, o vizinho Edvan Luiz da Silva, 32 anos, está preso desde o dia do crime. Ele foi indiciado, no dia 12 de abril, por estupro e homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem chance de defesa da vítima e feminicídio).

 

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