Recebeu alta médica neste sábado (14) a única sobrevivente da tragédia que aconteceu na noite dessa quinta-feira (12), na Praia de Serrambi, Litoral Sul do Estado. Suzana Alencar, 45 anos, estava internada no Hospital Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, após ser ferida com um tiro de raspão no pescoço. A vítima, mãe de Paula Régis e esposa de Ênio Régis, ambos assassinados por Paulo Roberto, ex-genro, que se matou após o crime, passou por exames e não teve necessidade de cirurgia.
Suzana aguardou apenas a chegada de familiares, que moram no Rio Grande do Norte, para buscá-la na unidade de saúde. Era desejo dela que, ao deixar o Dom Helder Câmara, fosse levada ao Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Recife, para reconhecer e liberar os corpos da filha e do marido. Ao chegar ao local ela não falou com a imprensa.
A vítima receberia alta nessa sexta-feira (13), mas por causa da situação dramática por que passou, os médicos acharam melhor ela descansar e fazer um check-up geral. Suzana esteve internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), não pelo fato de ter estado grave, mas por ser um local mais reservado e mais calmo do que a enfermaria.
Segundo o clínico plantonista do Hospital Dom Helder Câmara, Ronylton Brito, Suzana foi atingida perdeu muito sangue, mas a equipe médica definiu que não haveria necessidade de cirurgia. No período em que esteve na unidade de saúde, a vítima se mostrou muito abalada, com choro fácil. Ela foi acompanhada pela equipe de psicologia e pela assistência social do hospital. Suzana recebeu alta médica apenas com curativos, mas recebeu a recomendação de continuar recebendo acompanhamento psicológico.
Revoltado com o fim do relacionamento amoroso, um homem matou a ex-namorada, o ex-sogro, baleou a ex-sogra e depois se matou, na noite desta quinta-feira (12), em Serrambi, Ipojuca, Região Metropolitana do Recife. De acordo com a polícia, Paulo Robert cometeu o crime após a mulher com quem tinha um relacionamento dizer que queria se separar. O duplo homicídio seguido de suicídio aconteceu na casa da família da jovem.
A Polícia Civil aguardava a alta de Suzana Alencar Fonseca, única sobrevivente do crime, para que ela preste um depoimento oficial, conforme explicou o delegado Joselito Kehrle. "Dona Suzana prestou apenas alguns esclarecimentos. Só quando ela tiver alta, que prestar o depoimento, é que outros pontos sobre o relacionamento e o dia do crime serão esclarecidos", explicou.