O técnico de enfermagem, José Carlos Costa, esteve na manhã deste domingo (24), véspera de Natal, no Instituto Médico Legal (IML), em Santo Amaro, para buscar a certidão de óbito da filha de 24 anos, Remís Carla. "Minha filha sofreu muito, era uma mulher batalhadora, independente", desabafou. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi assassinada pelo ex-namorado, o pedreiro Paulo César de Oliveira, de 25 anos, preso após confessar o homicídio. O funeral está marcado para a manhã deste domingo (24) e por causa do estado avançado de decomposição do corpo não haverá velório.
Emocionado, José contou que o ex-companheiro da estudante não apresentava comportamentos agressivos. "Ele chegou a morar um tempo conosco, demos muita confiança para ele nunca aparentou que agredia. Mas ela sofria calada, era uma mulher com um futuro brilhante", desabafou.
José ainda afirmou que, só após o desaparecimento da filha, começou a aparecer indícios de agressão do ex-companheiro. "Só depois que Remís desapareceu, ficamos sabendo do cárcere privado, das agressões, que ele chegou até a quebrar o celular" disse.
Em novembro, a jovem denunciou Paulo à Delegacia da Mulher, por agressão, injúria e ameaça. Remís chegou a receber uma medida protetiva, mas, segundo a Polícia, Paulo não foi encontrado para assinar a notificação. Ela se afastou dele, mas voltaram a se aproximar no último dia 14.
O funeral está marcado para ser realizado na manhã deste domingo (24) às 11h no cemitério Campo Santo, na cidade de Paulista, no Grande Recife. Devido ao estado avançado de decomposição que o corpo de Remís foi encontrado, não haverá velório. Ainda neste domingo (24), a Polícia Civil fará uma coletiva de imprensa para dar detalhes sobre as investigações.
A jovem estava desaparecida desde o último domingo (17), quando foi vista pela última vez na casa do ex-namorado no bairro de Caxangá, Zona Oeste do Recife.