Atualizada às 17h36
Na próxima semana, a Polícia Civil deve ter o resultado do exame do material coletado na jovem de 18 anos, que acusa um médico ortopedista da UPA da Imbiribeira de estupro. O prazo máximo para esse tipo de análise ficar pronta pelo Instituto de Genética Forense é de dez dias, mas a chefe da Polícia Científica, Sandra Santos, acredita que em quatro dias esteja enviando tudo para as autoridades darem sequência às investigações. O médico foi afastado de suas atividades até a conclusão das investigações.
"Nesse caso da jovem teremos mais celeridade. O material dela já está no instituto (de genética forense). E em três ou quatro dias serão apresentados para a autoridade compor a investigação com outras provas e diligências", disse, Sandra, em entrevista à TV Jornal.
A análise funciona da seguinte fórmula: os DNAs são extraídos do material coletado, depois ampliados para que os peritos possam identificar. O passo seguinte é a sala de genotipagem, onde o DNA da vítima e do acusado são separados para que se façam as comparações de outras amostras colhidas posteriormente. Essa, pode ser um pouco de saliva, fios de cabelo ou até um objeto íntimo como escova de dentes ou barbeador.
"Cada indivíduo recebe metade do código do pai e metade da mãe, que são vistos em alelos. O que vemos é a posição dos alelos, que têm que ser coincidentes com as duas amostras", explicou o gestor do Instituto, Carlos Souza.
Após denúncia de estupro dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, a direção identificou o suspeito de cometer o crime e o afastou das atividades, na manhã desta quinta-feira (22). Segundo a vítima, uma jovem de 18 anos, o ato aconteceu durante atendimento em um dos consultórios.
O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), confirmou o afastamento de um médico e informou que abriu sindicância para apurar o caso. O inquérito foi instaurado e tem um prazo legal de 30 dias, podendo ser prorrogado. A investigação é sigilosa.
Além da jovem de 18 anos ter denunciado um abuso sexual sofrido por parte de um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, outra mulher se apresentou à polícia na tarde dessa quinta-feira (22) e alegou também ter sido vítima de estupro no mesmo local.
A segunda vítima, uma universitária de 33 anos, contou que no último dia 15 procurou atendimento na unidade por conta de um machucado no dedo. Fontes ligadas à polícia informaram que, em depoimento, a universitária relatou ter sido acariciada pelo médico. Em dado momento, o homem teria encostado o pênis em sua mão e foi surpreendido com uma cotovelada da mulher.
A delegada da Delegacia da Mulher, Ana Elisa Sobreira, ouviu o depoimento da vítima mas preferiu não falar sobre o caso. Apesar disso, fontes ligadas à Polícia Civil confirmaram que o abusador seria o mesmo médico que estuprou a jovem de 18 anos.