Lançado na última terça-feira (11), o passeio em jardineiras da Toyota pelo Sítio Histórico de Olinda ainda passa por ajustes, mas tem apresentado um gradativo aumento de demanda, não só de turistas mas também de moradores do Grande Recife. Com dez viagens no primeiro dia, o serviço, batizado de Olinda Aventura, dobrou a procura no sábado e neste domingo já realizou 14 viagens só na parte da manhã. O passeio passa por 12 pontos históricos, ao longo de nove quilômetros, e custa R$ 20.
Uma das viagens levava 12 operadores de turismo de Portugal, trazidos por meio de parceria da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) e Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) para estimular a inclusão de Olinda nos pacotes de viagens ao Estado. Paula Ferrinho, da TAP, explicou que o destino vem em queda, seja pela questão da insegurança ou pelo preço, apesar de ser muito querido dos portugueses. “Estamos vendo que aqui é seguro e tem muito para se mostrar”, observou. “Acredito que dá para o turista fazer o percurso a pé e ficar mais à vontade. Tem muito de nossas origens. As cores, a arquitetura colonial chamam muito atenção, vamos recomendar”, acrescenta a promoter Joana Correia, 29.
Olindenses, o casal de professores Renan Freitas, 54, e Ana Paula Torres, 47, foi conhecer o passeio junto com a mãe e a filha de Ana, Hélia Marcondes, 69, e Maria Luíza Rocha, 13. “A iniciativa é muito boa, mas sentimos falta de um guia, o turista tem interesse em conhecer a história da cidade”, observa ela. O marido complementa: “O passeio é legal, a gente consegue ter uma outra visão da cidade, diferente do dia a dia, mas acho que vão ter que colocar mais carros, para quem fica no caminho não esperar muito”.
Inicialmente, há duas jardineiras disponíveis, uma com 14 lugares e outra com quatro. Os veículos saem, entre as 9h e 17h, do casarão histórico da Praça Maxambomba, no Carmo, onde funcionou a antiga Estação do Carmo de maxambomba e desde a terça-feira se tornou receptivo para turistas, com orientação sobre os roteiros do Sítio Histórico, inclusive opções gastronômicas. Quem adquirir o bilhete para o passeio recebe uma pulseira e pode optar por descer em algum ponto para explorar melhor e depois aguardar outro veículo, sem pagar nova passagem ao longo do dia.
Diretor do receptivo, o empresário Fábio Rodrigues afirma que a questão dos guias deve estar resolvida até o final do mês. “Vamos selecionar alguns entre os 70 cadastrados pelo município e capacitá-los, por enquanto se algum turista for contratar o serviço do guia ele vai na jardineira sem pagar”, explica. “Quanto aos veículos, colocaremos quantos houver demanda, levamos de dez a 20 dias para aprontar um. É só o começo, ainda vamos aprimorar tudo, promover apresentações, criar novos percursos, pois a ideia é mudar essa história de o turista passar tão pouco tempo em Olinda, como acontece hoje”.
As jardineiras saem do receptivo e passam pelo Bonfim, Quatro Cantos, Ribeira, Mosteiro de São Bento, Mercado Eufrásio Barbosa, São Pedro, Largo do Amparo, Misericórdia, Alto da Sé, Convento de São Francisco e Fortim.