Após um acordo com a Prefeitura do Recife, os médicos da rede municipal de saúde encerraram, nesta quarta-feira (21), a greve deflagrada no dia 21 de setembro. Durante a paralisação, foi mantido o funcionamento normal das urgências e emergências das unidades de saúde, maternidades e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
De acordo com Maria de Fátima Vieira, diretora do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e médica da rede municipal, a proposta da prefeitura contemplou reivindicações da classe. "A principal delas é a segurança, e a gente conseguiu exigir um projeto com outros órgãos para a proteção dessas unidades. Também ficou acordado com a prefeitura a melhora na questão dos insumos e medicamentos e da infraestrutura física das unidades".
Ainda de acordo com a diretora, um concurso na área de saúde também deve ser realizado em 2019 para todas as categorias, não só para os médicos. Sobre o reajuste salarial exigido pela classe, o sindicato informou que há um projeto para o primeiro trimestre de 2019 de um reajuste plurianual, que deve ser discutido junto ao sindicato e à Câmara dos Vereadores.
A Prefeitura do Recife informa que, após constantes rodadas de diálogo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e visando melhores condições tanto para os profissionais, quanto para os recifenses usuários da rede municipal de Saúde, chegou a um entendimento com a categoria, encerrando a greve. A PCR reitera o seu compromisso com o diálogo com os servidores municipais e afirma que tem trabalhado para a melhoria das condições de trabalho e atendimento.
A Secretaria Municipal de Saúde acrescenta que a Diretoria Executiva de Regulação vai reagendar as consultas para especialistas, conforme prioridade, canceladas em decorrência do movimento. Os pacientes devem aguardar contato por telefone ou via mensagem de texto. Quem não tem o cadastro atualizado deve procurar sua unidade de referência para informar o novo telefone. Para outros esclarecimentos deve ligar para o número 0800.081.0040. Já para remarcar as consultas com generalistas, nas Unidades de Saúde da Família, o usuário deve procurar a sua unidade de referência.
Acordos feitos com a gestão municipal desde 2017 estavam sendo aguardados pelos profissionais de saúde desde janeiro deste ano e, até então, não haviam recebido nenhum retorno da pasta responsável. "Vários pontos foram discutidos, entre eles, a segurança das unidades, ronda de vigilantes, que é algo mais do que necessário, pois há vários relatos de criminalidade nos estacionamentos dos hospitais", relatou Tadeu Calheiros, presidente do Sindicato, no início da greve.