Se as praias encantam, a estrutura de Ipojuca, no Litoral Sul pernambucano, ainda deixa a desejar aos turistas. Um ponto unânime entre as queixas de quem visita Porto de Galinhas é a falta de saneamento básico. O problema é histórico, apontam os moradores, e parece estar longe de ter fim.
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A pedagoga Adriana Figueiredo, de 43 anos, é recifense e passa pelo menos uma semana hospedada em Porto de Galinhas todos os anos. “É um lugar incrível que, de forma geral, tem uma boa estrutura para os turistas. Mas o esgotamento sanitário é um problema. Vimos fossas estouradas em vários locais.”
Vinda de Manaus, no Amazonas, a servidora pública Roberta Lima, 39, compartilha a opinião. “Gosto muito de Porto de Galinhas, é a segunda vez que venho, mas vejo que tem coisa que precisa melhorar. Por exemplo, poderiam existir mais banheiros e chuveiros. Também senti cheiro de esgoto na praia e vi lixo espalhado na rua principal”, pontua.
A situação apontada pelos turistas não é nenhuma novidade para quem vive no município. “Em Ipojuca, não temos saneamento nenhum. Se cair 10 minutos de chuva, tudo alaga com água suja. Apesar de ser um ponto turístico, a realidade há muitos anos é essa”, lamenta o garçom Reginaldo Bezerra, 59, morador de Ipojuca há quatro anos.
PODER PÚBLICO
A prefeitura do município reconhece o problema. Em nota, afirmou que o processo de licitação da antiga gestão com a empresa de saneamento Gautama está judicializado devido a desvio de recursos públicos. A prefeitura diz ainda que intensifica os serviços de limpeza de fossas e limpeza urbana no verão.
A Compesa afirmou que existem obras do sistema de esgotamento previstas para iniciar no segundo semestre de 2020, com previsão de término da primeira fase somente em 2023. Nessa etapa, serão investidos R$ 25 milhões para beneficiar 18 mil pessoas. A segunda fase está prevista para o segundo semestre de 2023 e deve finalizar em 2026, quando serão aplicados mais R$ 15 milhões para beneficiar mais 10 mil pessoas.
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