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Um mar de gente foi até o Marco Zero, no Bairro do Recife, na noite dessa segunda-feira (8), para prestigiar as bandas Nação Zumbi, Jota Quest e a mais esperada, O Rappa. Prevista para entrar ao palco de 22h30, a Nação Zumbi só entrou por volta das 23h10, o que comprometeu a pontualidade das atrações seguintes. Mas nem por isso as pessoas presentes estavam menos estimuladas. O fato ruim ficou por conta da grande quantidade de brigas ocorridas durante os shows. Em muitas ocasiões, os artistas pararam a apresentação para pedir paz. Por mais de duas vezes, o cantor Falcão advertiu "o mundo tá vendo essa coisa feia". No entanto, a resposta da Polícia Militar foi rápida na maioria dos casos.
Na página do Jornal do Commercio no Facebook, foliões relataram casos de violência e tumulto. "Fui na intenção de ver O Rappa, mas não fiquei porque em qualquer rua que eu estivesse por mais que a quantidade de gente fosse menor comparada as outras ruas, tinha tumulto e eu era espremida no povo", afirmou Letícia Caroline.
A internauta Ana Emília Adriano criticou a falta de segurança. "Saí mais cedo, um absurdo a quantidade de arrastões! Tive muito medo! Infelizmente nem todo mundo sabe brincar o carnaval", disse.
Jorge Du Peixe agradeceu as homenagens a Chico: "A Nação Zumbi sempre será a banda de Chico Science, a gente sabe disso".
Com um repertório variando entre os hits que projetaram a banda e o Mangue Beat para o mundo, Jorge Du Peixe (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupilo (bateria), Toca Ogan (percussão), Gustavo da Lua (percussão) e Tom Rocha (tambor) apresentaram ainda músicas do seu último disco de inéditas, o homônimo Nação Zumbi.
O cantor ainda anunciou que o próximo videoclipe da banda será a música “A melhor hora da praia” e avisou que a banda deverá sair em turnê com a banda suíça The Young Gods.
Já a banda mineira Jota Quest subiu ao palco por volta das 2h da madrugada desta terça-feira e agitou o público com as canções mais conhecidas da banda, como foi o caso de “Mais uma vez”. Além disso, os mineiros mostraram músicas do disco lançado três meses atrás, Pancadélico.
Mas a atração mais esperada da noite foi mesmo O Rappa. Os músicos Falcão (voz), Lauro (baixo), Lobato (teclado) e Xandão (guitarra) entraram no palco por volta das 3h30 para encerrar a turnê Nunca Tem Fim, após rodar por várias cidades e seguir duas vezes para a Europa.
E teve fã que só veio para isso, como foi o caso de Larissa Andrade, 20 anos, de Salvador (BA). Ela e outro amigo da capital baiana, além de mais dois do Rio de Janeiro, vieram ao Recife só para participar da gravação do DVD da banda. “Cheguei ontem de manhã e com a ajuda dos fãs pernambucanos da banda consegui ir recebê-los no aeroporto. Não tem palavras para descrever o privilégio que é poder participar deste momento, só tenho que ser grata a Deus mesmo”, disse. Larrisa volta pra casa nesta terça-feira (9) e não fica para ver o restinho da festa momesca.
Chico Science, que faria 50 anos em março, foi lembrado por Falcão e cia. Foi possível escutar a música “Monólogo ao pé do Ouvido” na voz do malungo, na entrada da banda carioca ao palco. A banda ainda tocou "Anunciação" de Alceu Valença e Falcão dedicou "todo o respeito" ao cantor.
Essa foi a segunda vez de O Rappa no Carnaval do Recife. Ano passado eles tocaram também no Marco Zero. Os músicos ficaram tão impressionados com o feedback dos fãs, em 2015, que decidiram gravar o DVD aqui. O show desta madrugada será gravado e terá direção de Lírio Ferreira. O novo DVD deverá ser lançado no segundo semestre.