Atualizada às 16h07
Olinda é o local ideal para quem quer fugir da muvuca do Galo da Madrugada no Sábado de Zé Pereira, mas ainda assim quer se jogar no Carnaval. A festa começou cedo, com a primeira troça saindo às 8 horas. Além dos principais blocos, Olinda contará com um mix de ritmos durante todo o dia. Teve agremiação para todos os gostos e idades, que passam pelo frevo, maracatu, bois, entre outros.
Os foliões puderam contar com o bloco Hoje a Magueira Entra, o bloco Eu Acho é Pouco, Ceorula, John Travolta e virando a noite deste sábado (10) pro domingo, tem a tradição do Homem da Meia Noite.
Steveson Pereira e Brena Carolaine foram para Olinda no Sábado de Zé Pereira fantasiados de mexicanos. “A gente vem todo ano e está muito tranquilo, muita segurança. Chegamos de 13h, passamos pela Sé e Ribeira. Tem muita gente aqui hoje, diferente de outros sábados de Carnaval em Olinda”, conta o vigilante Steveson. A arquiteta pernambucana Clistiane Araújo, de 43 anos, vai todos os anos para as ladeira. “O Carnaval daqui é sempre bom. Vim fantasiada de Diabo louro, em homenagem a Alceu Valença”, contouo.
A fama do carnaval pernambucano trouxe os cearenses Joaquim Carlos, Marcelo Rocha, Davi Carioca para conhecer o Carnaval de Olinda. A fantasia deles é inspirada no seriado La Casa de Papel. “É o melhor Carnaval do mundo, está muito tranquilo e bem policiado. É a primeira vez que venho”, diz o fisioterapeuta Davi Carioca.
Inácio Falcão, ator, arte educador e produtor cultural foi fantasiado de Papa Frevo. “Estou denunciando e orando pra que acabe a corrupção pra ver se sobra dinheiro, educação e segurança pra nós”, afirmou. Ele ainda canta uma música que faz uma sátira aos políticos brasileiros. "Não sou governo nem oposição, quero saber onde pegar o Mensalão. Mensalão! Eita Brasil para ter ladrão! Petrolão! É o país da corrupção!".
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Tradição
E por falar em tradição, é impossível deixar de fora a calunga que é símbolo da folia em Olinda. Pontual como um lorde, o Homem da Meia Noite sai da sua sede, no Bonsucesso, a zero hora, para saudar os que sobreviveram à maratona do primeiro dia. Não é bloco para os fracos. Mas quem fica não se arrepende. Ver e sentir a magia da calunga é uma emoção para se guardar pelo resto da vida.