O Plano de Mobilidade para o município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi lançado na manhã desta sexta-feira (18), em evento realizado na sede da prefeitura, no Sítio Histórico da cidade. Na ocasião, foi assinada a ordem de serviço para a empresa TECTRAN - SYSTRA Group dar início à elaboração do plano.
Além da ordem de serviço, foi assinado o termo de cooperação técnica entre a Prefeitura de Olinda, a WRI Brasil e o Centro de Transportes Sustentáveis do Brasil, a EMBARQ Brasil.
Todo o processo para a elaboração do plano acontece com quase um ano de atraso, uma vez que ele deveria ter sido entregue até o mês de abril de 2015. O Plano de Mobilidade faz parte da Política Nacional de Mobilidade, estabelecida pela Lei 12.587/2012.
O Plano lançado na manhã desta sexta deve nortear as políticas para a área de mobilidade nos próximos dez anos.
O Secretário de Trânsito e Transportes de Olinda, Osvaldo Lima Neto, explicou que o processo de confecção do plano deve durar sete meses e vai contar com a participação de diversos segmentos da sociedade.
"Temos que desenhar uma visão de cidade, qual a visão de cidade que as pessoas querem e trabalhar no sentido de desenvolver ações que levem a essa visão", disse o secretário.
Após a assinatura da ordem de serviço, vai ser realizado o primeiro seminário do Plano de Mobilidade de Olinda no Hotel Costeiro, em Bairro Novo. Cerca de 100 participantes vão participar.
Para incentivar a participação social na elaboração do plano, será lançado um canal de diálogo na internet, através de um site, para que a população possa dar suas sugestões.
CIDADE VIZINHA - Recife foi uma das capitais que não entregou o plano previsto pela legislação. Em 2011, a prefeitura encaminhou para a Câmara de Vereadores um plano elaborado pelo Instituto Pelópidas Silveira, na época sob a gestão do prefeito João da Costa (PT). O plano recebeu muitas críticas e, no início de 2013, o prefeito Geraldo Julio (PSB) retirou o projeto, prometendo uma revisão completa.
A previsão é que o plano esteja pronto este ano. Está em andamento agora a Pesquisa de Origem e Destino 2015, a primeira em vinte anos, com o objetivo é coletar informações sobre os deslocamentos diários dos recifenses. O custo dos estudos é apontado como principal fator para o atraso em diversas cidades. Aqui, foi estimado em R$ 4 milhões.