Justiça determina retirada dos caminhões-cegonha da orla de Boa Viagem

Eles se mobilizam desde a semana passada
JC Online
Publicado em 11/08/2017 às 9:10
Eles se mobilizam desde a semana passada Foto: Foto: Fernando Castilho/JC


Uma nova decisão judicial determina que os caminhões-cegonha que ocupam a Avenida Boa Viagem, no bairro do mesmo nome, na Zona Sul do Recife, sejam retirados. Desde essa quinta-feira (10), os cegonheiros ocupam a via, nas proximidades do Parque Dona Lindu, com 13 veículos. Eles decidiram se mobilizar na orla recifense após outra decisão da Justiça pernambucana que obrigava a retirada dos caminhões da área central do Recife, onde estavam estacionados desde a semana passada em protesto contra a Fiat, responsável pela fábrica da Jeep em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco.

A determinação judicial afirma que a categoria, representada pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos e Micro Empresas de Veículos Congêneres do Estado de Pernambuco Cegonheiros (Sintraveic-PE), não pode ocupar os espaços onde o estacionamento deste tipo de veículo é proibido.

"Entendo que não devo aplicar de plano as medidas extremas pleiteadas pelos autores. Antes de tudo, devem os réus ser informados e esclarecidos de que a simples transferência dos veículos para outros locais onde seja proibido o estacionamento implicará no descumprimento da ordem judicial proferida", afirmou o juiz.

Mobilização

Desde a semana passada, a manifestação é composta por cerca de 60 caminhões, ocupando vias dos bairros de São José e Santo Antônio, em protesto contra a não-utilização da mão de obra pernambucana para fazer o transporte de veículos fabricados e desembarcados no Porto de Suape. Os cegonheiros fazem parte do Sintraveic e argumentam que o transporte é feito atualmente por empresários de Minas Gerais e São Paulo.

Nessa quarta-feira (9), uma liminar pediu a retirada dos veículos se baseou na na Lei Municipal nº 18.133/15, que disciplina os serviços de carga e descarga no Recife, e no Código de Trânsito Brasileiro. O pedido foi dirigido ao Sintraveic-PE e a pelo menos 16 proprietários dos caminhões-cegonhas identificados pelas placas dos veículos. Foram mais de 60 caminhões nos arredores da Praça da República, na Avenida Martins de Barros, na Rua do Imperador, no Cais de Santa Rita e nas Pontes Maurício de Nassau, Buarque de Macedo e Princesa Isabel.

"Queremos cobrar da montadora o compromisso que foi assumido com o governo através do Prodeauto, que determina a contratação de mão de obra e de empresas pernambucanas como contrapartida social devido às isenções fiscais concedidas", diz o comunicado do sindicato.

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