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Fazendeiro foragido é o principal suspeito de mandar matar promotor em Itaíba

Principal suspeito do crime é o antigo proprietário de uma fazenda da região, desaproprriada pelo promotor e colocada a leilão. Quem arrematou a propriedade foi justamente a noiva do promotor

Do JC Online
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Publicado em 15/10/2013 às 16:13
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A polícia está procurando o fazendeiro José Maria Pedro Rozendo Barbosa, como principal suspeito de mandar matar o promotor Thiago Faria Soares, 37 anos, na manhã da última segunda-feira (14), na PE-300, em Itaíba, Agreste do Estado. A justiça já concedeu mandado de prisão preventiva contra José Maria, que se encontra foragido. A informação foi confirmada pelo chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Osvaldo Moraes.

Thiago foi morto com quatro tiros a queima-roupa, por volta das 9h. De acordo com as investigações, o promotor recomendou a desapropriação da fazenda de José Maria por conta de dívidas trabalhistas. Quem arrematou a propriedade foi justamente a noiva de Thiago, a advogada Mysheva Ferrão Martins.

A imissão de posse de 25 hectares da propriedade saiu em junho. O valor do arremate não foi divulgado. Os dois iriam se casar no dia 1º de novembro e ela tinha planos de morar no local com o promotor. Com raiva por ter perdido a fazenda, José Maria contratou matadores para executar Thiago.

Logo após o leilão, José Maria, antes de deixar a propriedade, quebrou boa parte dos imóveis que possuíam no fazenda. Um cunhado do suspeito, que não teve o nome divulgado, ficou de comparecer nesta terça-feira à Delegacia de Itaíba, mas ainda não o fez.

Ainda nesta terça-feira, o cunhado de José Maria, Edmacy Ubirajara, de 47 anos, prestou depoimento na Delegacia de Águas Belas, no Agreste.

A polícia procurou o agricultor pela manhã na Vila Santa Rosa, em Iati. Mas, ao perceber a presença dos policiais, ele teria fugido. À tarde, porém, se apresentou espontaneamente.

Infográfico

Município de Itaíba

O CASO - Thiago Faria tinha saído de casa, em Águas Belas, também no Agreste, e se dirigia ao trabalho, em Itaíba, quando foi assassinado. Ele dirigia o veículo e estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, e um tio da moça, Adautivo Elias Martins, quando outro carro se aproximou e vários homens efetuaram os disparos. Mysheva conseguiu pular do carro e teve apenas ferimentos leves. O tio escapou se abaixando no banco de trás.

O corpo de Thiago foi periciado no Instituto de Medicina Legal (IML) no Recife. O velório ocorreu no Centro Cultural Rossini Alves Couto, no área central da capital, e levado ao Cemitério Morada da Paz, para ser sepultado.

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