“Como padroeiro das famílias e dos trabalhadores, peço a intervenção de São José para ajudar o País a vencer esse momento difícil”. Com estas palavras o padre Antonio Diêgo Cunha, da Paróquia de Santa Maria Mãe de Deus, do bairro da Macaxeira, Zona Norte do Recife, abriu a procissão que marcou o fim das comemorações pelo dia dedicado a São José, 19 de março. O cortejo, realizado no final da tarde deste domingo, saiu do largo do Burity, na Macaxeira, em direção a Capela de São José, no Córrego do Jenipapo. O fiéis percorreram cerca de 2 km de trajeto para assistir a missa solene de encerramento da festa de São José, celebrada pelo padre Diêgo.
O dia 19 de março é consagrado a São José, considerado o pai adotivo de Jesus Cristo. A data tem uma valor especial para os agricultores, sobretudo os nordestinos, porque na região há uma crença de se chover no dia de São José é sinal de que o ano será favorável ao plantio e a uma lavoura farta. Dona Carmelita Mariano, de 72 anos, diz que a devoção ao santo é forte, mesmo na cidade. “Acompanho essa festa há muitos anos e vejo como o Pai adotivo de Jesus é querido pelo povo”, diz a aposentada que foi uma das primeiras a chegar para a procissão. Para o padre Antônio Diêgo Cunha, a crença dos agricultores na chuva no dia de São José é cultural.
“ A Igreja acolhe e respeita as tradições do povo mas para nós São José tem um valor ainda maior porque é considerado o patriarca da Igreja, o escolhido para ser o guardador do menino Jesus”, explica o pároco. Em todo o Estado, foram realizadas uma série de homenagens a São José, que começaram no dia 10 deste mês.