Preso um dos maiores fornecedores de mídias piratas do Centro do Recife

Givaldo dos Santos Serafim, 44 anos, o Mago dos DVDs, e Antônio Carlos Barbosa de Oliveira, 19, foram presos no edifício Canadá, no Centro
Do JC Online
Publicado em 19/09/2012 às 10:25
Givaldo dos Santos Serafim, 44 anos, o Mago dos DVDs, e Antônio Carlos Barbosa de Oliveira, 19, foram presos no edifício Canadá, no Centro Foto: Alana Lima/JC


Foi preso na manhã desta terça (19) aquele que a polícia acredita ser um dos maiores fornecedores de mídias piratas do Recife. Givaldo dos Santos Serafim, 44 anos, o Mago dos DVDs, foi detido no prédio Canadá, na Avenida Conde da Boa Vista, no centro, onde morava e mantinha um laboratório de pirataria. No local, foram apreendidas 3200 mídias, 4 HDs externos, 2 notebooks, 1 torre de gravação e 1 impressora. Antônio Carlos Barbosa de Oliveira, 19, também foi detido.

A Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial já investigava Givaldo dos Santos há 3 meses. Por meio de um mandado de busca e apreensão, Givaldo foi abordado na residência onde mora. No apartamento, a polícia encontrou materiais falsificados e banner de divulgação. "Ele devia acreditar na impunidade já que inclusive possuía mídias de divulgação com telefones para encomenda", explica o delegado responsável pelo caso Germano Cunha Bezerra.

A abordagem aconteceu às 6h desta terça. Na casa de Givaldo se encontrava, dormindo, Antônio Carlos Barbosa de Oliveira que, de acordo com Givaldo, era responsável por uma das barracas onde os produtos pirateados eram vendidos.

A polícia se surpreendeu com a ficha criminal do Mago dos DVDs. Givaldo já havia sido preso pela comarca de Uberlândia, em Minas Gerais, por estelionato, mas teve alvará de soltura expedido em 2006. Além disso, possui uma ficha criminal extensa composta de ameaça, lesão corporal, violência domêstica e estupro. Antônio Carlos Barbosa não possuía antecedentes criminais.

Pela quantidade de materiais apreendidos, a polícia acredita que a dupla fabricava cerca de mil mídias piratas por dia. Os dois serão encaminhados ao Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel), Região Metropolitana do Recife, e responderão pelo crime de violação de direito autoral.

De acordo com o delegado Germano Cunha Bezerra, os dois podem pegar até 4 anos de prisão, mas o crime é afiançável com valor de R$ 10 mil para cada um. "Os dois vão responder pelo mesmo crime. De acordo com o artigo 184 do Código Penal, a pena é a mesma para comercialização e fabricação de produtos piratas", explica o delegado que lembra que "por trás de um camelô, existe uma organização criminal". A polícia ainda investiga se existem mais pessoas envolvidas no esquema de pirataria.

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