O estilo de vida desregrado das vítimas do incêndio que aconteceu na madrugada dessa segunda-feira (03) em Trindade, Sertão pernambucano, pode complicar as investigações da Polícia Civil. Segundo o delegado Jairo Marinho, seccional do município vizinho Araripina, que atendeu ao chamado da Polícia Militar, os cinco membros da mesma família moravam em uma casa pequena, em condições precárias de higiene e em situação de extrema pobreza. Além disso, faziam uso de entorpecentes.
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O delegado destacou que nenhuma linha de investigação foi descartada. Ele aguarda os resultados das perícias no local do incêndio e dos corpos de Adônis Soares Pereira, 48 anos, das filhas Ana Paula de Lima Delmondes, 24, e Ana Cláudia de Lima Delmondes, 22, e do genro Egildo Pereira da Silva, 38. Um quinto homem, marido de uma das vítimas, acordou com a casa em chamas e conseguiu escapar. Ele já foi ouvido pela polícia, assim como os vizinhos e parentes da família.
“Eles viviam em um cubículo, os cinco. Eram alienados e viviam embriagados. Ali faltava tudo, de higiene a escrúpulos. Se o incêndio foi criminoso, foi fruto de alguma rixa entre eles”, declarou Marinho. Apesar de não ter passagem pela polícia, ele também não descartou o envolvimento do sobrevivente, caso a hipótese de crime seja confirmada. O delegado evitou dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.
INCÊNDIO
Na madrugada da segunda-feira, o fogo tomou conta da residência de apenas um cômodo onde a família morava, no bairro Olaria. Os vizinhos conseguiram apagar as chamas e o Corpo de Bombeiros não foi acionado. Segundo a polícia, uma testemunha teria visto um suspeito com uma espécie de tocha na mão horas antes do incêndio.
Os corpos foram levados para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrolina. Devido ao estado de carbonização, eles só poderão ser reconhecidos através de exame de DNA. O material foi enviado para o Recife para análise que, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), deve ser concluída dentro de 30 dias.