Cerca de 50 dos 2.008 candidatos aprovados no concurso das polícias Civil e Científica de Pernambuco estão reunidos em frente à sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), nesta quinta-feira (16), contra a anulação da prova psicotécnica do certame.
Uma reunião entre os secretários de Defesa Social, Ângelo Gioia, e de Administração, Milton Coelho, junto com representantes das duas pastas e mais três advogados do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos (Cebraspe), banca organizadora do concurso, está acontecendo no local para definir sobre a recomendação da promotora Andrea Fernandes Nunes Padilha, do MPPE, de anular a prova psicotécnica. O argumento para a anulação, de acordo com os aprovados, é que os candidatos que precisaram trocar os exames rasurados podem ter sido beneficiados.
A ideia do Estado é manter os resultados dos exames médicos e da investigação social (fase de entrega de documentos, como antecedente criminal), atualmente em curso, embora o MPPE tenha pedido para suspender a avaliação psicológica e todas as etapas posteriores. Devem ser novamente convocados para o psicotécnico mais de 2.500 candidatos. A seleção, que prevê 900 vagas para delegados, agentes, peritos e escrivães, entre outros cargos, foi questionada por candidatos que receberam o caderno da prova psicológica riscado, marcado ou rasurado. O fato ocorreu em 23 de outubro do ano passado, em seis das 76 salas onde foram aplicados os testes, de acordo com informações prestadas à Procuradoria.
Além da SDS, o grupo de candidatos seguiram até o Ministério Público, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. "É uma passeata pela calçada mesmo, tranquila, não queremos atrapalhar em nada, estamos do lado da sociedade, estamos a favor do Pacto Pela Vida. Eles precisam da gente, a sociedade precisa da gente", disse o candidato Thiago Magalhães.
A reunião terminou por volta de 11h20 e não foi permitida a entrada de nenhum dos aprovados que esperavam em frente ao prédio da SDS.