Duas semanas depois do assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella de Sena Araújo, 28 anos, a mãe do comerciante Edvan Luiz da Silva, suspeito de ter cometido o crime, falou pela primeira vez com a imprensa. Na manhã desta quinta-feira (20), a dona de casa Zilda Cordeiro disse que acredita na inocência do filho. "Eu preciso mostrar que ele tem alguém, meu filho não é um monstro", desabafou para repórteres em entrevista coletiva.
O crime aconteceu em 5 de abril num flat em Boa Viagem, onde a fisioterapeuta morava. Edvan Luiz, 32,era vizinho da vítima. Ele é acusado de violentado e matado Tássia Mirela, foi preso pela polícia e continua detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. "Não acredito que ela tenha capacidade para isso, ele não é um monstro, é uma bênção de Deus", reforça Zilda Cordeiro.
Ela disse que ficou sabendo que o comerciante era o principal suspeito do homicídio por volta das 18h da quarta-feira, 5 de abril, por uma das suas filhas. A polícia encontrou a fisioterapeuta despida e morta, no flat, pela manhã. "Ela falou assim: sustenta o coração que a senhora vai sofrer. Quando ela falou, eu desmoronei", declara. "Eu sinto muito pela família de lá. Nas minhas orações, eu oro pela família de lá", acrescenta, referindo-se aos parentes de Mirella.
Zilda Cordeiro vai se encontrar com o filho pela primeira vez, depois da prisão, no próximo domingo (23). "Não me deixaram falar com ele ainda. Estou pedindo forças a Deus, orando, para ver o que vou falar com ele. Não quero machucá-lo. Ele não é um monstro. É um menino maravilhoso e bom. Apoio ele até o fim"