Preso em Lagoa de Itaenga era foragido da Operação Minotauro da PF

O jovem de 23 anos é suspeito de integrar uma quadrilha interestadual envolvida com o tráfico internacional de maconha e cocaína e contrabando de armas
JC Online
Publicado em 10/05/2017 às 6:13
O jovem de 23 anos é suspeito de integrar uma quadrilha interestadual envolvida com o tráfico internacional de maconha e cocaína e contrabando de armas Foto: Foto: Divulgação/PF


A Polícia Federal divulgou, nesta quarta-feira (10), que o homem de 23 anos preso em Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte, na segunda-feira (8), era foragido da Operação Minotauro, deflagrada em agosto de 2016, por suspeita de integrar uma quadrilha estabelecida em Pernambuco, Paraná e Mato Grosso do Sul, envolvida em um esquema de tráfico de drogas e contrabando de armas de fogo de uso restrito do Paraguai.

Em seu interrogatório, Cristiano da Silva, conhecido como 'Playboy' negou envolvimento em todas as ações da quadrilha, incluindo um carregamento de maconha realizado em janeiro de 2016. Ele foi indiciado por manter conexão com outros suspeitos de tráfico e por adquirir e traficar drogas do Paraguai com o objetivo de armazenar e depois comercializar em Pernambuco e em outros estados. Caso seja condenado, somará penas que ultrapassam 30 anos de reclusão. Cristiano já havia sido preso em 2013 por posse de arma de fogo. Agora, ele foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde fica à disposição da Justiça Federal. 

Operação Minotauro foi deflagrada em agosto de 2016

A Operação Minotauro foi deflagrada no dia 31 de agosto do ano passado e contou com a participação de 130 policiais federais, que deram cumprimento a 12 mandados de prisão preventiva, 21 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas em cinco estados da federação: Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Também foram sequestrados bens e bloqueio de contas bancárias, cuja cifra chegou a R$ 500 mil. Dos 12 presos investigados pela PF, apenas um do Paraná continua foragido. 

As investigações tiveram início em 2015, com a identificação de remessas de maconha de origem paraguaia para Pernambuco, droga internada em território nacional e remetida pela organização criminosa estabelecida no Paraná.

No curso das investigações foram apreendidas aproximadamente quatro toneladas de drogas. As apreensões ocorreram nos estados de Minas Gerais em setembro de 2015, Alagoas em novembro de 2015, Pernambuco em março de 2016 e no Paraná em maio de 2016, causando um prejuízo de cerca de R$ 5 milhões. A adoção de práticas violentas como meio de persuasão e/ou retaliação, envolvendo ameaças de morte, lesões corporais gravíssimas e homicídios também foram práticas identificadas nas investigações.

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