Após a suspeita de que um pai teria estuprado três filhas em Limoeiro, no Agreste do Estado, ser denunciada, as vítimas começaram a ser hostilizada. A informação foi divulgada pela delegada Maria Betânia, da Delegacia de Limoeiro, nesta quarta-feira (27).
"Tomei conhecimento de que a família está sendo hostilizada pelos vizinhos, uma coisa que é inadmissível. Vizinhos estão usando o número de telefone de uma das vítimas, fazendo ameaças em redes sociais, denegrindo a imagem, injuriando. Me posiciono a partir de já advertindo que toda e qualquer pessoa que fizer isso vai comparecer a delegacia para que sejam tomadas medidas legais", afirmou a delegada.
O trabalhador rural de 53 anos morava na Zona Rural de Limoeiro com a esposa, as filhas de 12 e 6 anos e mais dois filhos adolescentes. As jovens de 22 e 24 anos são filhas do trabalhador rural com outra mulher. A suspeita inicial é de que ele tenha abusado das três filhas mais velhas e engravidado uma delas.
De acordo com a delegada, a história veio à tona dia 15 de dezembro, quando o pai procurou a filha de 22 anos e pediu ajuda para levar a adolescente de 12 anos para fazer um teste de gravidez. “Ele acompanhou as duas ao exame e com a confirmação da gestação, ficou apavorado. Mas disse à filha mais velha que o bebê seria de um menino de 15 anos que teria abusado da garota. Em seguida, fez a proposta de pagar os R$ 150”, declara.
À irmã de 22 anos, a menina negou que tivesse namorado e disse que era violentada pelo pai desde os 11 anos. “Foi aí que elas procuraram o Conselho Tutelar, em 18 de dezembro, para fazer a denúncia do estupro”, diz delegada. “Nesse mesmo dia, foram encaminhadas à delegacia e prestaram depoimento.” No interrogatório, a filha de 22 anos admitiu que também tinha sido abusada sexualmente pelo pai, dos 8 aos 15 anos, e por essa razão tinha saído de casa aos 15 anos para viver com um companheiro.
A mãe das meninas de 12 e 6 anos foi ouvida nesta quarta-feira (26) pela delegada. Segundo ela, está descartada a possibilidade da mãe ter facilitado os abusos. "Qualquer conduta até agora apresentada pela mãe não daria causa ao resultado, que seria favorecer ele a praticar o crime", afirmou.
O suspeito, de 53 anos, está detido na Penitenciária Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro.